Passo Fundo registra pior índice de emprego do ano

Demissões nos setores de indústria e comércio contribuíram para queda nos números. Ao todo, a cidade perdeu 391 vagas de emprego

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Comércio registrou um saldo negativo de 95 vagasComércio registrou um saldo negativo de 95 vagas
Comércio registrou um saldo negativo de 95 vagas
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Repetindo o resultado de abril, Passo Fundo encerrou o mês novamente com saldo negativo de empregos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes ao mês de maio e divulgados na última sexta-feira, 24, pelo Ministério do Trabalho apontam que o município perdeu 391 vagas de trabalho formal – número obtido a partir de um total de 1.842 admissões e 2.233 desligamentos. O número elevado se deve, principalmente, aos setores da indústria e do comércio que perderam, respectivamente, 310 e 95 vagas. Por outro lado, os setores de construção civil e serviços acumulam, juntos, 29 novas vagas. No comparativo com abril, os números apontam uma queda de mais de 500% na geração de empregos. No mesmo período do ano passado, o cenário também foi negativo: foram perdidas 146 vagas. Os números são os piores registrados desde o início do ano que no acumulativo registra a perda de 86 vagas. Refletindo o resultado de Passo Fundo, os dados apontam que no Rio Grande do Sul esta foi a maior queda registrada (-15.829), influenciado pelo fator sazonal da Agricultura (-3.723 postos).


Dados nacionais
Apesar do cenário em Passo Fundo, os dados nacionais apontam um recuo na perda das vagas formais que vem sendo percebida desde o início do ano passado. Em maio, a retração na geração de postos de trabalho foi de 0,18%, na comparação com o mês anterior, com saldo negativo de 72.615 vagas. A perda, porém, foi muito menor que em maio de 2015, quando foi registrado o fechamento de 115.559 vagas formais. O saldo de maio foi oriundo de 1.209.991 admissões contra 1.282.606 desligamentos. No acumulado do ano, o nível de emprego formal apresentou declínio de 1,13%, correspondendo à perda de 448.011 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 1.781.906 empregos, retração de 4,34%. Com o resultado, o estoque de emprego para o mês alcançou 39.244.949 trabalhadores com carteira de trabalho assinada no país.

Ainda segundo o levantamento, a Agricultura gerou 43.117 postos de trabalho em maio, comportamento mais favorável que em abril, quando foram criados 8.051 postos. O dado ainda é superior na relação com o mesmo mês de 2015, quando foi registrada a criação de 28.362 postos. A Administração Pública também apresentou saldo positivo, com geração de 1.391 postos. Já o setor do Comércio teve perda de 28.885 vagas em maio, o que representa um arrefecimento na comparação com abril, quando foram suprimidos 30.507 postos. Também a Indústria de Transformação registrou recuo no ritmo de queda do nível de emprego, com a perda de 21.162 postos contra 60.989 em abril (-0,28%). No setor dos Serviços foi verificada a maior queda no mês, de 36.960 postos.


Evolução do Emprego
Passo Fundo – Maio 2016
Atividade admitidos demitidos saldo
extrativa mineral 0 2 -2
indústria transformação 208 518 -310
serv. ind. util. pública 1 10 -9
construção civil 160 145 15
comércio 699 794 -95
serviços 762 748 14
administração pública 0 0 0
agropecuária 12 16 -4
total 1.842 2.233 -391

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