Vendas para o dia dos pais registram crescimento

De acordo com a Associação Gaúcha do Varejo (AGV), a data movimentou cerca de 345 milhões no comércio do Rio Grande do Sul

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Passo Fundo acompanhou os resultados positivos registrados no Estado no último Dia dos Pais. A projeção de venda de R$ 345 milhões se confirmou e o crescimento registrado em relação a 2015 foi de 2%. O valor médio que cada cliente gastou ficou em torno de R$ 90, devendo representar entre 6% e 7% dos negócios do mês de agosto. O resultado foi divulgado pela Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) e confirma o volume total de vendas projetado pela entidade. Conforme o presidente da AGV, Vilson Noer, os produtos com maior procura foram roupas, calçados, cosméticos e smartphones. O clima contribuiu para o bom resultado para as lojas de rua. “O ânimo do consumidor está mudando para melhor. E, conforme passam os meses e o final do ano se aproxima, temos um novo cenário mais positivo para o setor”, comenta Noer. Conforme o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Passo Fundo (CDL), Adriano Sonda, algumas cidades do Rio Grande do Sul cresceram menos, mas Passo Fundo ajudou a compor o resultado positivo. O Dia dos Pais é a primeira data comemorativa do segundo semestre, e por mais que fique atrás do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados no volume de vendas, funciona como um termômetro para as próximas datas, como Dias das Crianças e Natal.

Resultados nacionais
As vendas deste ano, em âmbito nacional, tiveram o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2005, segundo o indicador da empresa de consultoria Serasa Experian. Na semana anterior à data, as vendas caíram 8,8% em relação ao mesmo período de 2015.
No final de semana do Dia dos Pais, houve queda de 8,7% em todo o país na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior. De acordo com os economistas da Serasa, a queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista o aumento do desemprego e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o comércio. “O crédito mais caro e escasso contribuiu para o desempenho negativo desta que é primeira dada comemorativa do varejo nacional do segundo semestre”, diz a nota da instituição.
De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as vendas a prazo caíram 7,15%, entre os dias 7 e 13 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. É a terceira queda consecutiva, mas em um ritmo menos intenso que em 2015: em anos anteriores, as variações foram de -11,21% (2015), -5,09% (2014), +3,78% (2013), +4,75% (2012), +6,86% (2011) e +10% (2010).
Para Sonda, essa diferença de resultados entre o Rio Grande do Sul e o restante do país está relacionada à importância que o agronegócio tem para o Estado. “Há um movimento inverso ao restante do Brasil, principalmente na região que tem a predominância do agronegócio, que nos últimos quatro anos está muito bem na questão de preços e produtividade. Isso impulsiona os negócios na nossa região”, avalia. A previsão dele para o restante do ano é otimista. “Vou continuar achando que o nosso Estado, e principalmente a nossa região, vai ter um fim de ano bem positivo. A expectativa agora é de retomada de segurança na população e principalmente dos investidores em função da confirmação do impeachment”, projeta.

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