Queda no preço depende de distribuidores

Postos ainda não registraram a redução nos valores anunciada na semana passada pela Petrobras

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Redução do preço ainda não teve reflexos no bolso do consumidorRedução do preço ainda não teve reflexos no bolso do consumidor
Redução do preço ainda não teve reflexos no bolso do consumidor
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A redução nos preços dos combustíveis na refinaria foi anunciada na semana passada pela Petrobras. A queda no valor da gasolina seria de 3,2% e no valor do diesel de 2,7%. Com a diminuição de preços, nos postos de gasolina o diesel deverá cair em média 1,8% e a gasolina 1,4%, em ambos os casos uma queda de R$ 0,05 por litro.
Para o consumidor, o impacto no preço ainda depende de alguns fatores como o valor repassado pelas distribuidoras, de acordo um dos diretores do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do RS (Sulpetro) em Passo Fundo, Roger Adolfo Lara.
No posto do diretor, o combustível não havia chegado nesta segunda-feira e ainda não houve reajuste. “Estamos aguardando o repasse da distribuidora para ver se o produto terá alteração ou não. Para essa semana já devemos receber combustível e saber do reajuste”, afirma.
Em outro posto da cidade, cuja gerência preferiu não se identificar, o preço do combustível não havia diminuído e a distribuidora não repassaria a queda no valor da gasolina ao varejo. Eles afirmam estar sofrendo reajustes há três semanas seguidas do fornecedor. A resposta da distribuidora é de que o etanol aumentou R$ 0,16 com os impostos, o que anula a queda nos valores da refinaria da Petrobras. A gasolina desta distribuidora não deve diminuir. Lara argumenta que os postos já estão trabalhando com uma margem exprimida, que vem sendo encolhida dia a dia, e, decorrente disso, o reajuste deve “se perder no caminho”.
Política da Petrobras
A diminuição é parte da nova política da Petrobras, que tem como base os preços da commodities praticados no mercado internacional e avaliações mensais para reajustes ou não dos preços dos combustíveis para cima ou para baixo, dependendo da oscilação do preço dos produtos no mercado global.
Para pôr em prática essa nova política, a Petrobras criou o Grupo Executivo de Mercado e Preços, que, já em sua primeira reunião, decidiu pela redução hoje anunciada. Segundo a assessoria da Petrobras, essa é a primeira vez que a redução de preços dos derivados ocorre desde junho de 2009, quando o diesel caiu 15% e a gasolina, 4,5%.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que o impacto da decisão nas bombas de todo o país vai depender das redes de distribuição e dos donos dos postos. Pedro Parente explicou que a empresa estará praticando a nova política a partir de amanhã. “Ela é baseada na paridade internacional de preços, que é assim que funciona quando você está lidando com uma commoditie, o que é o caso dos derivados. Sobre essa paridade você coloca a margem da empresa (que leva em conta vários fatores), e também coloca os tributos e impostos”, disse.
Preço dos combustíveis em Passo Fundo
Em Passo Fundo, o preço médio da gasolina era de R$3,91, segundo o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado no dia 10 de outubro, em 11 postos. O preço mais alto registrado era de R$ 4,08 e o mais barato de R$ 3,77. Para o diesel, a média de preço foi de R$ 3,03, com valor máximo em R$ 3,21 e mínimo em R$ 2,85. Os preços foram coletados em sete postos.

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