Passo Fundo fecha o mês de setembro com recuperação na geração de emprego. Diferente de agosto, quando o saldo foi negativo com 247 postos de trabalho eliminados, no nono mês do ano, 46 novos empregos foram incorporados. Ao total, foram criadas 1786 novas vagas e eliminados 1740 postos de emprego. Prova da recuperação do emprego em Passo Fundo é o salto da 68ª posição, ocupada em agosto, para a 19ª, em setembro, no ranking dos municípios gaúchos com mais de 30 mil habitantes. Os dados compõem o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana, pelo Ministério do Trabalho (MTE).
Nos índices por setores, a construção civil e a indústria da transformação pressionaram negativamente o crescimento do emprego. A construção civil tem um histórico de demissões no acumulado do ano. Em julho foram 83 postos eliminados, em agosto - 61 vagas e no nono mês do ano, foram 33 empregos fechados. No total de 2016, o setor já fechou 207 postos de trabalho. O índice é o segundo pior, depois da indústria da transformação, responsável por um saldo de 556 demissões este ano. A indústria da transformação, que teve o pior índice em agosto, com saldo de -91 vagas, fechou setembro com -28 postos. No total, foram contratados 226 e desligados 254 funcionários.
Em contrapartida, um dos setores que mais contribuiu para o avanço do emprego foi o de serviços. Com o índice mais alto de admissões, o setor com saldo positivo de 57 vagas, havia eliminado 60 postos em agosto. Foram contratados 724 e demitidos 667. No acumulado do ano, o saldo é de 102 contratados. Logo atrás vem o comércio, que havia fechado 37 postos de emprego em agosto, com saldo positivo de 45 admissões. Apesar da recuperação, o setor ainda possui saldo negativo no acumulado do ano, com -19 vagas. Extrativa mineral e agropecuária também finalizaram o mês com saldos positivos. Administração pública e serviços industriais de utilidade pública não registraram movimento.
Estado
No Rio Grande do Sul foram eliminados 2.828 vagas em setembro. Apesar de negativo, o índice representa uma recuperação em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 8191 pessoas foram desligadas. O setor que mais demitiu no Estado foi a indústria da transformação, com saldo de -2.717 vagas. Em seguida estão os setores de serviços (-1.153 postos), construção civil (-815) e extrativa mineral (-25). O destaque positivo do mês foi o setor do comércio, que abriu 1.538 vagas de trabalho. Ainda tiveram saldo positivo serviços industriais de utilidade pública (208), administração pública (7) e agropecuária (129).
País
Um total de 39.282 vagas formais foram fechadas em todo país em setembro. No entanto, o desemprego desacelerou ante setembro de 2015, quando foram fechados 95.602 postos formais. No acumulado do ano, o Caged contabiliza 683.597 vagas fechadas. Nos últimos 12 meses, já são 1,599 milhão de postos de trabalho suprimidos. Os setores que tiveram as maiores perdas de vagas formais em setembro foram: construção civil (menos 27.591 postos), serviços (menos 15.141) e agricultura (menos 8.198). Segundo a pesquisa, dois setores tiveram saldo positivo de geração de postos de trabalho no mês: a indústria da transformação, com criação de 9.363 vagas e o comércio, com 3.940 novos postos. Os dois setores já haviam aberto novas vagas em agosto.
As perdas mais significativas de vagas em setembro foram registradas no Rio (menos 23.521 vagas), São Paulo (- 21.853 postos) e Minas Gerais (- 16.238 postos). Por outro lado, as unidades da Federação que mais geraram empregos foram Pernambuco (+15.721 vagas) e Alagoas (+13.395). Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.
Evolução do emprego
SETORES
TOTAL ADMIS.
TOTAL DESLIG.
SALDO
EXTRATIVA MINERAL
1
0
1
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
226
254
-28
SERV INDUST DE UTIL PÚBLICA
6
6
0
CONSTRUÇÃO CIVIL
107
140
-33
COMÉRCIO
705
660
45
SERVIÇOS
724
667
57
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
0
0
0
AGROPECUÁRIA
17
13
4
TOTAL
1.786
1.740
46