Segundo dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), os pedidos de falência encerraram o ano com alta de 12,2% no acumulado de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Em dezembro, o número de pedidos de falências aumentou 19,2% na comparação interanual e, por outro lado, recuou 7,0% na comparação mensal com novembro.
Ainda de acordo com o SCPC, no acumulado do ano, as falências decretadas subiram 14,7% em relação ao ano anterior. Na comparação interanual aumentaram 66,7% e diminuíram 11,2% ante o mês anterior.
Para o diretor do SCPC, Valter Ceolin, mesmo com a leve desaceleração apresentada nos últimos meses, os indicadores encerraram o ano maiores do que os registrados no ano anterior. “A redução da economia, a restrição do crédito e os elevados custos agravaram a situação das empresas que já não vinham bem desde 2015, causando a alta nos pedidos de falência, em sua maioria, em empresas de pequeno porte”. Para Ceolin, em 2017, com uma possível melhora dos indicadores macroeconômicos, o número de pedidos e falências decretadas devem apresentar sinais de melhora.
Falências por porte e setor
As pequenas empresas (a partir dos critérios de porte adotados pelo BNDES) representam 86% dos pedidos de falências, enquanto as médias representam 13% e as grandes 1%. Das falências decretadas, as pequenas representam 94% e as médias 6%. Já na divisão por setor da economia, o setor de serviços foi o que representou o maior percentual nos pedidos de falência (39%), seguido do setor industrial (37%) e do comércio (24%).