Passo Fundo melhora índices de emprego

Pesquisa da IMED Business School constata que o indicador de variação de emprego fechou em 0,10 no primeiro semestre desse ano

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Neste ano, de janeiro a outubro, foram abertos mais de 900 postos de trabalho formal em Passo FundoNeste ano, de janeiro a outubro, foram abertos mais de 900 postos de trabalho formal em Passo Fundo
Neste ano, de janeiro a outubro, foram abertos mais de 900 postos de trabalho formal em Passo Fundo
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Passo Fundo melhorou os índices de variação de emprego no primeiro semestre de 2017 em relação ao ano passado. Foi o que constatou uma pesquisa divulgada recentemente pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Gestão de Pessoas (CEGEPE) da IMED Business School, que mede indicadores de rotatividade e emprego. O índice de variação de emprego atingiu 0,10 no primeiro semestre desse ano no município. Em 2016, o indicador ficou em -0,1.
O estudo utiliza como base as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Neste ano, de janeiro a outubro, foram abertos mais de 900 postos de trabalho formal em Passo Fundo. No período, foram 21.464 admissões e 20.542 desligamentos. Depois de dois anos de números negativos, a geração de emprego começa a dar sinais de recuperação.
No ano passado, o saldo negativo foi de 749 vagas no Caged. Ao total, o município teve 23.218 admissões e 23.967 demissões. Desde 2014, quando foram abertas 606 vagas, o município não fechava o ano com números positivos. Naquele ano, a rotatividade foi maior do que nos anos seguintes. Em 2014, 32.259 trabalhadores foram admitidos e 31.653 foram desligados. Em 2015, o desemprego deixou um saldo de mais de 1,2 mil postos fechados em Passo Fundo. Foram 26.464 contratações registradas e 27.704 desligamentos.
Norte do RS
O estudo traz o índice de variação de emprego, que indica a diferença entre admissões e desligamentos, da região norte do RS. São analisados cinco municípios: Passo Fundo, Erechim, Carazinho, Soledade e Marau. Destes, a melhor variação média foi de Marau, com 0,26. Passo Fundo aparece em segundo lugar, com índice de 0,10. Em seguida estão Erechim (0,05), Soledade (-0,06) e Carazinho (-0,24).
Nas cidades analisadas, o setor de extração mineral é o que apresenta maior variação negativa de empregos. Isso significa que no primeiro semestre de 2017, a extração mineral demitiu mais empregados do que contratou, com exceção de Erechim e Marau (índice de variação de emprego = 0,02 e 0,0, respectivamente). Já o setor de serviços foi o que mais contratou, em relação às demissões, exceto em Carazinho que teve um índice de -0,32.
Rotatividade aumenta no RS
O índice de rotatividade do emprego da pesquisa registrou aumento no primeiro semestre deste ano em relação ao ano de 2016. Durante todo o ano passado, o indicador ficou em 4,8. De janeiro a junho deste ano, o dado apontou 5,1. Isso significa que a cada cem pessoas empregadas, 5,1 foram demitidas e substituídas por outras pessoas.
Entre os setores, a agropecuária apresentou maior revezamento nos postos de trabalho em 2017 (12,6). Durante todo o ano passado, o índice ficou em 10,6. Logo atrás, ficou a construção civil, com 7,9, e o comércio, com 6,9. O mesmo panorama se reflete na região Sul do Brasil (9,9; 8,3; 6,9, respectivamente) e no Brasil (9,1; 7,6; 5,9, respectivamente).
Setores com alta rotatividade
A equipe responsável pelo índice, ao conversar com empregados do setor de supermercado de Passo Fundo, percebeu que é característico das empresas de supermercado ter alta rotatividade de empregados, principalmente, em função dos fatores externos à organização, como o aumento de ofertas de emprego no mercado. A maioria dos desligamentos ocorre em função do interesse dos empregados, sendo que os principais motivos de alta rotatividade nos mercados são: busca por um salário melhor; tempo de trabalho na empresa (contratações e demissões em um curto período); e falta de oportunidade de crescimento.
No segmento hoteleiro de Passo Fundo, a questão de desligamento ocorre por motivação de ambas às partes, tanto do empregado quanto da organização. Quando por parte do empregado as principais razões são o tipo de supervisão exercido sobre o pessoal; as oportunidades de crescimento oferecidas pela organização; busca de melhores salários; trabalhar aos finais de semana. Já por parte da empresa, os motivos são falta de disciplina ou mal comportamento dos empregados; falta de interesse dos empregados no trabalho; os empregados não se adaptam ao regime de horário oferecido.
Quais os impactos?
Como principal consequência da alta rotatividade para os profissionais, os entrevistados citaram que são os custos financeiros, devido ao fato da demissão, admissão e recrutamento de empregados. Porém, foram citadas consequências econômicas como perda de produtividade, sobrecarga dos empregados que permanecem na empresa, tempo gasto com treinamento frequente de novos trabalhadores e tensão entre os empregados. 
O CEGEPE
O objetivo do índice é manter a sociedade atualizada sobre a taxa de desocupação da mão de obra, por setor de atuação. O CEGEPE pesquisa, analisa e acompanha as taxas de desemprego, suas causas e consequências para as empresas. A equipe responsável pelo índice é formada pela professora de Gestão de Pessoas, Dra. Shalimar Gallon, pela professora de Gestão de Pessoas, Me. Alessandra Costenaro Maciel, pela aluna de graduação em Administração da IMED, Larissa Nardes, pela graduada em Administração da IMED, Bárbara Walter, pelo graduado em Administração da IMED, Geovan Queiroz.

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