Material escolar: dicas para comprar melhor

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A temporada de compra de material escolar já chegou para muitas famílias e, com o período, começam também as dúvidas e preocupações com formas de pagamentos, marcas de produtos e opções de compra para adquirir os produtos escolares. Confira as dicas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a hora de comprar estes itens: 

 

  • O alerta do Inmetro é que só sejam adquiridos produtos com o selo de identificação da conformidade do órgão, vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O selo do Inmetro comprova que os artigos atendem aos requisitos de segurança previstos no regulamento.
  • A certificação compulsória dos artigos escolares tem por objetivo evitar acidentes que possam colocar em risco a segurança de crianças que utilizam esses produtos, como a presença de substâncias tóxicas em itens que possam ser levados à boca; além de pontas cortantes, ou de partes pequenas, que podem ser ingeridas ou inaladas.
  • Um total de 25 produtos escolares é contemplado pelo regulamento e passa por avaliação sistemática. Entre eles estão apontador; borracha e ponteira de borracha; caneta esferográfica e hidrográfica; giz de cera; lápis preto, grafite e lápis de cor; lapiseira; marcador de texto; cola líquida ou sólida; corretor adesivo; corretor em tinta; compasso; curva francesa; esquadro; régua; transferidor; estojo; massa de modelar e massa plástica; lancheira; tesoura de ponta redonda; pasta com aba elástica; tinta.
  • É essencial que os pais façam a compra no mercado formal e exijam nota fiscal. Ao comprar em camelôs, por exemplo, fica mais dificil realizar a troca posterior do produto em caso de problema. 
  • Os pais devem observar, também, a faixa etária de indicação do prodrouto. 

 

Estabelecimentos que vendem produtos sem selo de identificação serão multados

“Os comerciantes cujos produtos estiverem sem selo podem ser penalizados com advertência, apreensão do artigo e multa, que varia de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, conforme estabelecido na Lei 9.933/99”, lembrou Millene Fonseca, pesquisadora do Inmetro. A fiscalização já está ocorrendo em âmbito nacional. O consumidor que encontrar irregularidades no mercado formal pode fazer sua denúncia à ouvidoria do Inmetro pelo número gratuito 0800 285 1818.

 

  • Planejar muito é a primeira recomendação que o professor Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), faz aos pais que estão se preparando para enfrentar a maratona de compra de material escolar. Os responsáveis pelas compras devem elaborar uma lista com os itens que vão ser usados imediatamente pelas crianças, “porque esses você não pode deixar de comprar. Esses você compra logo”.
  • Já aqueles itens que puderem ser adquiridos ao longo do ano, é melhor deixar para mais adiante e pesquisar preços pela internet ou em diversas lojas, “gastando um pouco mais de sola de sapato”, diz Teixeira. Assim, explica o professor, os pais vão ver onde os preços estão mais atraentes. Ele lembra também que, normalmente, quando a pressão do início do ano acaba, os preços tendem a cair.
  • O professor lembra ainda da vantagem de se organizar compras coletivas, com outros pais ou amigos, para, desta forma, tentar negorciar preços diferenciados. “Como a quantidade aumenta muito, você tem condições de conseguir preços mais baratos. Você acaba transformando em atacado o que é varejo, porque está indo comprar em nome de vários pais”.
  • Outra sugestão para economizar, no caso de livros didáticos, é comprar itens de segunda mão, mas em bom estado, usados no ano anterior. Ele sugere que pais se organizem para tentar comprar para seus filhos, livros usados no ano anterior por alunos que estão uma série à frente. “Pode-se fazer um movimento entre pais nesse sentido”.
  • Para o pesquisador, é muito melhor vender os livros que estão guardados em casa por um preço abaixo do valor de mercado do que ficar guardando, pois as edições de livros didáticos são constantemente atualizadas e o material guardado pode não mais ser aceito. Teixeira acredita que este tipo de negociação com pais que estejam na mesma escola pode ser proveitoso para ambas as partes, indicou. “É fazer compras mais em conta”.
  • Teixeira recomendou ainda que pais que têm dinheiro para pagar o material escolar à vista, devem tentar negociar um desconto. Se não obtiverem desconto vantajoso, os pais podem parcelar. “Colocam o dinheiro na poupança e ele estará rendendo”.
  • O pesquisador adverte, contudo, que os pais não podem esquecer que aquele dinheiro já está comprometido, para não enfrentar problemas depois. “Se você tem o dinheiro e parcelou, tem que lembrar que o dinheiro já está comprometido. Mas, muitas vezes, você não tem dinheiro e precisa, realmente, comprar parcelado”, disse Teixeira.
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