Primeira etapa do Censo Agropecuário 2017 encerrou com 820 estabelecimentos visitados em Passo Fundo. O número preliminar representa uma redução em relação aos dados do último censo, apurados em 2006, quando havia 886 propriedades. Porém, o número de locais pode aumentar no decorrer dos próximos meses, já que agora começa a segunda etapa do Censo Agro. Conforme o coordenador da agência regional de Passo Fundo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Jorge Bilhar, terminada, em fevereiro, a fase de coleta de informações, os funcionários seguem o trabalho de revisão dos dados e verificação dos estabelecimentos.
O objetivo dessa etapa é se certificar que nenhuma propriedade ficou para trás e que os dados são fidedignos. “Estamos fazendo fechamentos administrativos, conferindo cadastros, visitando os locais. Tem também a parte da supervisão, em que os agentes ficam controlando, via imagem de satélite, quais são as coordenadas e se alguma área de plantio não tem coordenada, nós vamos verificar”, esclarece.
O Instituto faz um cruzamento dos dados obtidos pelos recenseadores com outras estatísticas levantadas, como, por exemplo, a Produção Pecuária Municipal (PPM), para checar se há disparidade das informações apuradas.
A única informação preliminar que a agência divulga é referente ao número de estabelecimentos. “Ainda é difícil de apurar [outras informações], porque nosso objetivo era encerrar a coleta. Estamos verificando a diversidade de produção, preenchimento de questionário, vendo a área dos municípios, área das cultivares, pecuária”, informa o coordenador da agência de Passo Fundo.
A redução é consequência da expansão do perímetro urbano. “A pequena redução é em função do crescimento da área urbana da cidade. Onde antes eram lavoura e estabelecimento agropecuário, hoje é loteamento”, pontua Bilhar.
A metodologia do IBGE para o Censo Agro também é responsável pela queda no número de propriedades, já que só entram nos cálculos locais que têm como objetivo a produção, seja para venda (comercialização da produção) ou para subsistência (sustento do produtor ou de sua família).
Se algum estabelecimento não recebeu a visita dos recenseadores, Bilhar solicita que seja feito o contato com o IBGE a fim de auxiliar no processo. O telefone da agência é o (54) 3313-2803, ou diretamente no posto de trabalho do Censo Agropecuário, no (54) 3045-2969. A Agência do IBGE em Passo Fundo está localizada na Rua Benjamin Constant, 595, Centro.
Na região
Na região de abrangência do IBGE de Passo Fundo foram visitados mais de 16 mil estabelecimentos. A agência tem, sob sua jurisdição, 26 municípios. São eles: Camargo, Casca, Ciríaco, Coxilha, David Canabarro, Ernestina, Fontoura Xavier, Gentil, Ibirapuitã, Marau, Mato Castelhano, Mormaço, Muliterno, Nicolau Vergueiro, Passo Fundo, Pontão, Pouso Novo, Santo Antônio do Palma, São Domingos do Sul, São José do Herval, Sertão, Soledade, Tio Hugo, Vanini, Victor Graeff e Vila Maria.
93,6% das propriedades visitadas
O IBGE completou em fevereiro a primeira etapa do Censo Agro 2017 com 93,6% da coleta realizada e 4,9 milhões de estabelecimentos agropecuários recenseados. Em março, começa a segunda fase, de apuração e crítica dos dados. Enquanto isso, a coleta continua em regiões afetadas por fatores climáticos e em locais de difícil acesso.
Para o presidente do IBGE, Roberto Luis Olinto Ramos, a meta inicial foi atingida, uma vez que os cerca de 19 mil recenseadores envolvidos na operação censitária visitaram 7,2 milhões de endereços, quase dois milhões a mais que o previsto, para identificar a existência ou não dessas propriedades.
Essa diferença ocorre porque o cadastro de propriedades vai sendo atualizado à medida que os recenseadores vão percorrendo o país: eles excluem os endereços não caracterizados como estabelecimentos agropecuários e incluem outros que foram identificados durante a coleta. “Nosso objetivo inicial foi atingido. Tanto é assim, que o cronograma de divulgação dos primeiros resultados está mantido para o mês de julho”, destaca o presidente.
Primeiros resultados
Previstos para serem divulgados em julho de 2018, os primeiros resultados do Censo Agro vão mostrar o perfil do produtor rural por sexo, idade, cor ou raça, alfabetização e escolaridade, utilização das terras, efetivos da pecuária, produção animal e vegetal, a forma de obtenção das terras, as práticas agrícolas utilizadas no estabelecimento, entre outros.