O setor de serviços encerrou fevereiro com ligeiro crescimento de 0,1% em relação a janeiro no índice livre de efeitos sazonais, depois de ter fechado janeiro com queda de 1,9% frente a dezembro. Com o resultado, o indicador registra nos dois primeiros meses do ano queda de 1,8%. Já a receita nominal do setor caiu em fevereiro 0,2% em relação a janeiro. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Eles indicam que, na série sem ajuste sazonal, quando a comparação se dá com fevereiro de 2017, o setor de serviços teve queda de 2,2%. Também o resultado acumulado nos últimos doze meses fechou fevereiro negativo em 2,4%. Apesar da ligeira alta de janeiro para fevereiro, entre as atividades pesquisadas, houve expansão (1,7%) apenas no item serviços profissionais, administrativos e complementares. Já as quatro outras atividades pesquisadas mostraram recuo em relação a janeiro. Os serviços prestados às famílias teve a maior retração (-0,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%). O índice de atividades turísticas caiu 3,4% em relação a janeiro e 5,2% na comparação com fevereiro de 2017.
Comparação com fevereiro de 2017
A Pesquisa Mensal de Serviços, quando comparada com fevereiro de 2017, mostra que a queda de 2,2% agora em fevereiro decorre de resultados negativos em três das cinco atividades de divulgação e 51,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-4,9%) foram os que mais impactaram negativamente o índice global. Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro do ano passado, as duas atividades que apontaram aumento no volume de serviços foram: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (0,6%) e outros serviços (1,5%).
Números por estados
Quando a análise do comportamento do setor de serviços se dá a nível regional, o indicador mostra avanços em 15 dos 27 estados, de janeiro para fevereiro, série com ajuste sazonal. Responsável por 43% de todo o volume de serviços gerado no Brasil, São Paulo fechou o mês com variação nula (0,0%) em fevereiro, contribuindo para que o índice nacional também ficasse perto da estabilidade. Em apenas cinco dos locais pesquisados houve expansão da atividade em fevereiro frente a janeiro: Paraná (2%), Rio de Janeiro (0,5%), Santa Catarina (0,5%), Pará (1,4%) e Mato Grosso do Sul (1,5%). Já as principais influências negativas surgiram na Bahia (-9%), Ceará (-16,8%), Rio Grande do Sul (-2,2%) e Minas Gerais (-0,8%).
Turismo cai 3,4%
Quando analisou o setor de turismo do país, o IBGE constatou que o índice recuou 3,4% de janeiro para fevereiro. Em São Paulo, a queda foi de 2,3%, Bahia (-9,9%), Minas Gerais (-8,5%) e Rio de Janeiro (-3,3%). A única taxa positiva deu-se no Distrito Federal (0,9%). Já na comparação com fevereiro de 2017, o volume de atividades turísticas caiu 5,2% no país, após ter ficado estável em janeiro (0,0%). Em termos regionais, nove dos 12 estados onde o indicador é investigado mostraram queda dos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-5,2%) e Rio de Janeiro (-7,9), que representam 50% das receitas dos serviços ligados ao turismo.