O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou variação de 0,22% em abril. A taxa é superior aos índices de março deste ano (0,09%) e em abril do ano passado (0,14%).
Segundo dados divulgados hoje (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de inflação de 0,92% no ano e de 2,76% em 12 meses. A taxa de 0,92% acumulada no ano é a maior para o período de janeiro a abril desde a implantação do Plano Real, em 1994.
A inflação de abril foi puxada principalmente pelos gastos com saúde e cuidados pessoais, que subiram 0,91%, e responderam por metade do IPCA no mês. Outros grupos de despesa que influenciaram o IPCA foram vestuário (0,62%), habitação (0,17%) e alimentação e bebidas (0,09%).
Entre as 13 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, as maiores taxas de inflação foram observadas em Campo Grande (0,73%), Porto Alegre (0,40%) e Brasília (0,40%).
Remédios e planos de saúde pressionam inflação
Dois itens do segmento de saúde pressionaram a inflação oficial de 0,22% em abril. Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os remédios tiveram aumento de preços de 1,52% no mês. Já os planos de saúde foram reajustados, em média,1,06%.
Os gastos com saúde e cuidados pessoais ficaram 0,91% mais caros, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE.
Outro grupo de despesas que pressionou a inflação foi o vestuário, com inflação de 0,62%. “A troca de coleção influenciou principalmente as roupas femininas, que ficaram, em média, 1,66% mais caras”, disse o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.
Os gastos com habitação subiram 0,17%, influenciados pela alta média de 0,99% na energia elétrica. O item foi reajustado no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Campo Grande.
Entre os alimentos e bebidas, a alta de preços ficou em 0,09%. Os produtos consumidos dentro de casa tiveram alta de preços de 0,27%. Um dos itens que mais pressionaram a inflação nesse grupo de despesas foi o leite longa vida, cujo preço aumentou 4,94%.
A alimentação fora de casa, no entanto, teve deflação (queda de preços) de 0,22%.