A maioria dos postos de combustíveis de Passo Fundo ainda está vendendo gasolina abaixo dos R$ 5,00. Apenas um estabelecimento oferta acima deste valor. Nos 11 estabelecimentos que compõem o levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o preço médio no município é de R$ 4,83, enquanto o menor valor é de R$ 4,69.
Circulando pela Rua Moron é possível chegar ao estabelecimento com valor mais elevado. No posto da bandeira Raizen, está sendo vendida a R$ 5,07 no prazo. O valor baixa quando é dinheiro e débito: passando para R$ 4,77 a gasolina comum. Saindo do centro o valor ainda não chega aos R$ 5. No Boqueirão, o preço é de R$ 4,89 no representante Ipiranga, Ricardo Bonamigo Tonial. Também da bandeira Ipiranga, o Auto Posto Presidente comercializa pelo mesmo valor. Em contrapartida, nos postos com a bandeira Petrobras, JCA Comércio de Combustíveis (centro) e Auto Posto Br Boqueirão, a gasolina pode ser adquirida por R$ 4,69.
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Dos 36 municípios inclusos na pesquisa, 15 já possuem algum estabelecimento vendendo a gasolina acima de R$ 5. O valor mais elevado do Rio Grande do Sul é encontrado na cidade de Bagé, onde a gasolina chega a R$ 5,34. Cachoeirinha aparece com o valor mais baixo: R$ 4,43. Na região de Passo Fundo, Erechim comercializa a R$ 5,25 em um estabelecimento e a R$ 4,99 em outros dois postos.
Impacto
De acordo com a economista Cleide Moretto, o aumento no preço da gasolina pode impactar em dois fatores na sociedade. O primeiro, é a diminuição do poder aquisitivo. Precisando gastar mais com o combustível, a população acaba cortando gastos em outras áreas. O segundo impacto se refere a inflação. Como a gasolina é essencial nos dias de hoje, o aumento do seu preço influencia no crescimento do preço de tudo que está envolvido. “Esse valor a mais, além de ser ruim para quem consome, tem um impacto no custo de produção”, completou a economista.
Constante aumento
O mecanismo de controle de preço da gasolina também atende o mercado internacional. Com a cotação diferenciada no barril de petróleo, é feita uma adequação no valor. A cotação é realizada na moeda estrangeira, e como o real está desvalorizado na comparação com o dólar, o valor acaba sendo mais alto para o Brasil. “Nosso mercado está perdendo valor”.
Recomendação
Sendo um produto essencial, é difícil reduzir o gasto. Mesmo assim, Cleide aconselha para quem tiver a oportunidade, diminuir o uso do combustível. “Não tem como mudar essa realidade da estrutura produtiva. Pode ser que com a mudança da moeda e com uma outra política do governo, diminua alguma coisa. Por enquanto, com essa instabilidade e diferença na cotação, a tendência é continuar essa oscilação”, finalizou.