Vendas de Natal movimentam o comércio

Em Passo Fundo, quem deixou para ir às compras na véspera do feriado precisou enfrentar filas; expectativa de crescimento nas vendas é de quase 10% em relação a 2017

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Os dias que antecederam o feriado de Natal foram marcados por movimento intenso no comércio passo-fundense. Quem deixou para fazer as compras da ceia e dos presentes natalinos para a última hora, na segunda-feira (24), precisou encarar filas longas e calor intenso. No Rio Grande do Sul, a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) estima que mais de 70% dos gaúchos tenha utilizado o fim de semana anterior ao Natal para ir às lojas.

 

A movimentação é motivo de otimismo para os comerciários. Em Passo Fundo, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) prevê que as vendas de Natal tenham crescido quase 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Para a presidente da CDL Passo Fundo, Carina Sobiesiak, o crescimento se deve especialmente aos novos empreendimentos que o município recebeu nos últimos meses do ano e que atraem ainda mais os consumidores da região. “Outro motivo para voltar a comprar é que os brasileiros estão recuperando a confiança em poder gastar. Eles voltaram a pensar em poupar menos e consumir mais”, avalia.

 

No Rio Grande do Sul, uma pesquisa realizada no início de dezembro pela AGV também projetou alta nas vendas. O levantamento apontou um crescimento entre 7% e 9% em relação ao ano passado. De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas compraria os presentes com o salário do mês (45,2%), seguido por aqueles que usariam as economias (32,8%) para ir às compras. Das pessoas pesquisadas, 64,5% demonstraram intenção de investir em mais de cinco produtos.

 

Já a nível nacional, o varejo brasileiro deve faturar R$ 34,6 bilhões em vendas no Natal deste ano, o que representa alta de 3,1% em relação a 2017, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).  Desse total, as vendas nos segmentos hiper e supermercados (R$ 12,4 bilhões), vestuário (R$ 9,1 bilhões) e artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,3 bilhões) deverão se destacar. Juntas, as três categorias devem responder por 78% do faturamento com vendas natalinas este ano.

 

Vendas nos supermercados

De acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a ocorrência da véspera de Natal em uma segunda-feira foi determinante para que os supermercados gaúchos tenham alavancado um crescimento de 6% nas vendas de produtos típicos para a data, neste ano, em comparação com o ano passado. Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o calendário favorável com cinco finais de semana em dezembro possibilitou que os consumidores buscassem melhores opções em preços, visitando mais vezes o ponto de venda e fracionando suas compras para a data em diferentes dias do mês. "Além disso, com a véspera do Natal em uma segunda, os consumidores tiveram três dias para adquirir os itens que faltavam para a ceia, evitando concentração e filas no último dia", detalha Longo.

 

As compras de última hora representaram somente 25% do total vendido, um número baixo em relação a Natais anteriores. "Houve uma programação maior e mais pesquisa de preços, já que os supermercados registraram 5% mais visitas de clientes em suas lojas do que no ano passado", observa Longo. O crescimento de 6% supera as expectativas do setor, que projetava um incremento entre 3% e 4% nas vendas. A criatividade das empresas do segmento supermercadista e as promoções proporcionadas na última quinzena pela indústria também alavancaram o crescimento das vendas, resultando em uma redução média de 4% no preço dos produtos típicos de Natal em relação à festividade de 2017.

 

Neste Natal, o item com maior destaque em crescimento de vendas foi a categoria de cervejas. "Puxadas pelas embalagens para presente e pelos produtos especiais/artesanais, as cervejas registraram um crescimento de 15% nas vendas", pontua Longo. Outra bebida em destaque foi o espumante, com crescimento de 6% na comparação com o ano passado. Com relação aos presentes, os pequenos carrinhos e bonecas de baixo custo foram os carros-chefes, além das caixas de bombons, que registraram crescimento de 5% nas vendas. Para a semana do Ano-Novo, além dos espumantes, os supermercados apostam na comercialização de itens típicos como lentilha, carne suína, sobremesas e outras bebidas.

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