O município de Passo Fundo teve variação negativa no emprego, no mês de dezembro, mas fechou o ano de 2019 com saldo positivo de 795 vagas. Os dados foram divulgados na sexta-feira pelo Caged. Em dezembro do ano passado, o município demitiu mais do que contratou, gerando o fechamento de 236 vagas. Os setores que tiveram os maiores saldos negativos foram o serviço com 182 vagas, seguido da indústria com o fechamento de 145 vagas, construção civil e agropecuária com 23 vagas a menos respectivamente.
O comércio manteve-se com índice positivo e registrou 138 novas contratações no último mês do ano. Normalmente esse é um mês positivo para o setor, em função das contratações temporárias de fim de ano.
Ano encerra positivo
Variação total - 795 vagas criadas
Comércio – 530
Serviços – 121
Indústria – 109
Construção Civil - 69
No Brasil
Os dados de dezembro no país, também tiveram saldo de novos empregos negativo. No último mês de 2019, o saldo ficou negativo em 307,3 mil vagas. Em 2018, o saldo de dezembro havia sido de 334,4 mil vagas fechadas. Os maiores desligamentos foram no setor de serviços, com menos 113,8 mil vagas, e na indústria de transformação, com redução de 104,6 mil postos de trabalho. O comércio foi o único a apresentar saldo positivo, com 19,1 mil vagas criadas.
Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo também foi positivo: 8,8 mil novas vagas em dezembro. Comércio e serviços dominaram as contratações com saldos de 3,7 mil e 3,1 mil novos postos, respectivamente. Já o trabalho parcial teve déficit de 2,2 mil vagas no mês passado.
Na média geral do ano, no entanto, o Brasil registrou a criação de 644 mil vagas de emprego formal no ano passado, 21,63% a mais que o registrado em 2018. De acordo com o Ministério da Economia, é o maior saldo de emprego com carteira assinada em números absolutos desde 2013. Segundo o Caged, o estoque de empregos formais chegou a 39 milhões de vínculos. Em 2018, esse número tinha ficado em 38,4 milhões.
Todos os oitos setores da economia registraram saldo positivo no último ano. O destaque ficou com o setor de serviços, responsável pela geração de 382,5 mil postos. No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e na construção civil, 71,1 mil. O menor desempenho foi o da administração pública, com 822 novas vagas.
No recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o ano com saldo positivo. O melhor resultado absoluto foi o da Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil vagas. Na Região Sul, houve abertura de 143,2 mil postos; no Nordeste, 76,5 mil; no Centro-Oeste, 73,4 mil; e no Norte, 32,5 mil. Considerando a variação relativa do estoque de empregos, as regiões com melhores desempenhos foram Centro-Oeste, que cresceu 2,30%; Sul (2,01%); Norte (1,82%); Sudeste (1,59%) e Nordeste (1,21%).
Em 2019, o saldo foi positivo para todas as unidades da federação, com destaque para São Paulo, com a geração de 184,1 mil novos postos, Minas Gerais, com 97,7 mil, e Santa Catarina, com 71,4 mil.
De acordo com o Caged, também houve aumento real nos salários. No ano, o salário médio de admissão foi de R$ 1.626,06 e o salário médio de desligamento, de R$ 1.791,97. Em termos reais (considerado o deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC), registrou-se crescimento de 0,63% para o salário médio de admissão e de 0,7% para o salário de desligamento, na comparação com novembro do ano passado.
No RS
Seguindo a mesma tendência do país, o Rio Grande do Sul teve desempenho negativo nos empregos formais de dezembro, mas fechou bem o ano passado. No último mês do ano foram fechadas 18,6 mil vagas. Mesmo assim, o Estado mais contratou do que demitiu em 2019, com saldo positivo de 20.426 vagas. A indústria de transformação (- 11.143 vagas), agropecuária (- 4.787), serviços (- 3.462) e construção civil (- 1.971) puxaram o resultado para baixo. Enquanto o comércio foi o que mais contratou no ano passado, com 2.731 novas vagas.
Novas regras
Segundo os dados divulgados hoje, em 2019 houve 220,5 mil desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado. Os desligamentos ocorreram principalmente em serviços (108,8 mil), comércio (53,3 mil) e indústria de transformação (35 mil).
Na modalidade de trabalho intermitente, o saldo ficou positivo em 85,7 mil empregos. O melhor desempenho foi do setor de serviços, que fechou 2019 com 39,7 mil novas vagas. No comércio, o saldo ficou em 24,3 mil postos; na indústria da transformação, 10,4 mil; e na construção civil 10 mil. As principais ocupações nessa modalidade foram assistente de vendas, repositor de mercadorias e vigilante.
Já no regime de tempo parcial, o saldo de 2019 chegou a 20,3 mil empregos. Os setores que mais contrataram nessa modalidade foram serviços, 10,6 mil; comércio, 7,7 mil; e indústria de transformação, 1,2 mil. As principais ocupações foram repositor de mercadorias, operador de caixa e faxineiro.