Distanciamento social e guerra comercial: o que motivou a queda nos preços da gasolina

Economista e professor da IMED, Vitor Dalla Corte, analisa os cenários que promoveram o barateamento nos preços

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Foto: Arquivo/ Agência Brasil Foto: Arquivo/ Agência Brasil
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A queda no valor do barril de petróleo no mercado internacional chegou às bombas dos postos de gasolina. Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), houve uma redução no preço dos combustíveis de 8,5% em março.

O economista e professor da IMED, Vitor Dalla Corte, explica que a queda nos preços ao consumidor final teve início na guerra comercial entre os principais produtores e agentes do mercado petroleiro: Rússia e Arábia Saudita.

Após a negativa russa de diminuir a produção para conter a queda dos preços - que já vinha ocorrendo em decorrência do surto do Coronavírus – o governo saudita anunciou o aumento da produção. O desacordo fez o preço do barril de petróleo despencar cerca de 30%.

O petróleo tem uma oferta controlada. Existe uma organização, que se chama OPEP (Organização dos Produtores de Petróleo), que organiza e controla esse item no mercado. O que aconteceu nesse curto período de tempo? A guerra comercial entre dois dos principais produtores acabou impactando o mercado e gerando um choque de oferta”, destaca o docente.

Outro fator que promoveu a queda de preços é a baixa da demanda devido a pandemia do Coronavírus e as medidas de isolamento. “A demanda dos consumidores reduziu muito, e sendo assim, os postos tem que competir mais. Com os postos competindo mais, na maioria das cidades os preços acabam diminuindo. Já em locais onde o número de postos que vendem gasolina é mais restrito, e não há tanta concorrência e oferta, os consumidores acabam encontrando preços mais elevados por conta da ausência dessa competição”, enfatiza Dalla Corte.


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