O saldo de geração de empregos voltou a apresentar índice positivo, pelo segundo mês consecutivo, em Passo Fundo. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que, durante o mês de setembro, 270 novos postos de emprego foram abertos no município. O indicador mede a diferença entre admissões (1.862) e desligamentos (1.592).
Ainda de acordo com o levantamento, neste saldo, a maior parte dos trabalhadores contratados foram mulheres, com 141 novas admissões, contra 129 homens. Na divisão por ramos de atividade, o principal propulsor da gerações de empregos foi o Comércio, com saldo de 105 novas contratações. Em sequência, aparece o setor de Serviços, que admitiu 98 trabalhadores a mais do que demitiu, seguido pela Indústria (76) e a Agropecuária (4). A Construção foi o único grupamento de atividade econômica considerado no cadastro a apresentar um saldo negativo em setembro, fechando 13 vagas.
Desde que a situação de pandemia do novo coronavírus se instalou no país, o município enfrentou cinco meses consecutivos com saldos negativos na geração de empregos. O registro mais crítico, conforme ilustra o compilado de mês a mês do Caged, aconteceu no mês de abril, quando o saldo de vagas despencou para -1.848. Após esse período, com a redução nas medidas de distanciamento social, os números começaram a apresentar recuperação gradativa, consolidando o primeiro saldo positivo – desde março – no mês de agosto, quando foram disponibilizadas 127 novas vagas de trabalho.
Apesar de os números apontarem para um cenário de recuperação econômica, no acumulado do ano, o saldo continua negativo. Ainda de acordo com os dados do Caged, nos nove primeiros meses de 2020, Passo Fundo apresentou 1.331 demissões a mais do que contratações. O número de trabalhadores com carteira assinada no município, até o fim de setembro, girava em torno de 56,8 mil pessoas.
No Brasil, levantamento aponta abertura de 249,3 mil postos de trabalho
O cenário de retomada se repete a nível nacional. Pelo segundo mês seguido, o país criou empregos formais. Segundo os dados divulgados pelo Caged, 313.564 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Este foi o melhor resultado para meses de setembro desde o início da série histórica do Caged, em 2010. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De janeiro a setembro, foram fechadas 558.597 vagas, o terceiro pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 2010. Só perdendo para os nove primeiros meses de 2015 (-657.761 empregos) e 2016 (-683.597).
O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 128.094 novos postos, seguido pelo Nordeste, com 85.336 postos criados, e pelo Sul, com mais 60.319 postos. O Norte abriu 20.640 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 19.194 postos formais no mês passado. As maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura de 75.706 postos; Minas Gerais, 36.505 postos, e Santa Catarina, 24.827 postos. Os três estados que menos criam postos de trabalho foram Amapá, 450 vagas; Acre, 577; e Roraima, 1.101.
Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais em setembro. A estatística foi liderada pela indústria, com a abertura de 110.868 postos. Com 80.481 novos postos, os serviços vêm em segundo lugar. A criação de empregos no setor de serviços quase dobrou em relação a agosto. Em seguida, vem o grupo comércio, reparação de serviços automotores e de motocicletas, com 69.239 novas vagas. Em quarto lugar, está o setor de construção, com 45.249 postos. O grupo que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, abriu 7.751 postos em setembro.