Passo Fundo criou mais de quatro mil vagas de emprego em 2021

Dados do Ministério do Trabalho mostram que o município ficou em quarto lugar entre as cidades gaúchas com maior abertura de vagas no último ano

Por
· 3 min de leitura
(Foto: Agência Brasil)(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O município de Passo Fundo encerrou o ano de 2021 com saldo positivo na geração de empregos. De acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nessa segunda-feira (31), embora o município tenha fechado 110 postos de trabalho no mês de dezembro, o número de contratações superou o total de demissões no acumulado anual, com 4.132 novas vagas de emprego criadas ao longo do ano. O índice coloca Passo Fundo em quatro lugar no ranking das cidades gaúchas que mais abriram vagas de emprego no último ano, ficando atrás apenas de Porto Alegre, Caxias do Sul e Novo Hamburgo.

O levantamento ainda pode sofrer alterações, uma vez que o Ministério do Trabalho costuma revisar as informações, mas na análise do coordenador da agência local do FGTAS/Sine, Sérgio Ferrari, já é possível afirmar que o ano de 2021 foi um grande momento de retomada econômica para Passo Fundo. O município encerrou o ano com estoque de quase 63 mil vínculos empregatícios ativos. “É um dos melhores índices dos últimos cinco anos. Mesmo com a pandemia e com alguns meses de saldo negativo, o saldo final mostra que nós fechamos o ano na maior situação de empregabilidade da cidade desde 2017. É um rumo natural para a cidade por ser um grande polo a nível estadual”, avalia.


Setor de serviços lidera ranking de contratações

Entre 33.651 admissões e 29.519 desligamentos registrados no ano passado em Passo Fundo, o setor que mais impulsionou a geração de empregos no município foi o de serviços. Ao todo, foram 2.131 novas vagas criadas no último ano pelo setor. O comércio aparece logo em seguida, com um saldo positivo de 1.103 postos de trabalho. “Esse indicador nos dá um respaldo do que é a cidade de Passo Fundo na geração de empregos: um polo cada vez maior em serviços e comércio”, pontua Ferrari. Ainda no ranking por grupamento de atividade econômica, a indústria aparece em terceiro lugar, tendo contratado 597 pessoas a mais do que demitiu; a construção, em quinto, apresentou saldo positivo de 237 vagas; já a agropecuária, que aparece na quinta posição, teve um crescimento menos expressivo, com saldo positivo de 64 postos de trabalho.           


Saldo negativo no último mês do ano

Apesar de um cenário geral positivo, com sete meses consecutivos de resultados positivos na balança de empregos, o último mês de 2021, cujo levantamento foi divulgado nessa segunda-feira (31), voltou a cravar no município um saldo negativo. Segundo o painel de informações do Novo Caged, Passo Fundo encerrou 110 vagas de emprego durante o mês de dezembro. Os piores saldos foram observados no setor de serviços (-97 vagas), construção (-61), indústria (-54) e agropecuária (-3). O comércio foi o único a manter saldo positivo, criando 105 novas vagas no período. Este foi o segundo saldo negativo registrado no município em um ano, ao lado do mês de abril de 2021, quando a restrição das atividades econômicas durante o período mais grave da pandemia resultou em um fechamento de 1.610 postos de trabalho.

O coordenador da agência FGTAS/Sine em Passo Fundo explica que os números observados em dezembro são uma tendência histórica no município e estão relacionados ao período de fim de ano, quando há uma menor movimentação na cidade devido ao período de férias e quando costumam ser desligados aqueles funcionários que foram contratados de forma temporária para suprir a demanda de fim de ano. “De outubro a novembro, nós tivemos uma grande contratação temporária em comércio e serviços. Quando chega em dezembro, a tendência é que a maior parte dos contratos temporários sejam encerrados. Há também a questão de férias coletivas e as férias acadêmicas, que fazem com que muitos estudantes deixem Passo Fundo e retornem somente em março, o que reduz o movimento no nosso comércio e serviço e, por isso, não se faz necessário para as empresas manterem tantos funcionários. Para a construção civil, essa também não é uma época forte”, esclarece.


Perspectivas otimistas para 2022

Na avaliação de Ferrari, a expectativa é de que o município drible o número pessimista computado em dezembro e inicie 2022 com o pé direito, registrando um índice positivo no primeiro mês do ano. Ele destaca que o município vive um momento de retomada e que, mesmo com a nova variante do coronavírus fazendo disparar o número de casos ativos da doença, a cidade não parou. “As pessoas estão aceitando a terceira dose da vacina, os jovens estão buscando a imunização, a prefeitura está muito atuante nessa questão e o Rio Grande do Sul não é um estado negacionista — o governo estadual, assim como o municipal, quer que as pessoas se vacinem. Isso tudo é muito importante para que as atividades não parem. A cidade está numa retomada a todo o vapor e, com certeza, 2022 será um grande ano”, prospecta Ferrari, mencionando um crescimento consistente, nas últimas semanas, no número de vagas disponibilizadas diariamente na agência local do FGTAS/Sine.



Gostou? Compartilhe