Passo Fundo abre mais de mil postos de trabalho em fevereiro

Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostra melhor saldo do município no último ano, mas o levantamento ainda não considera dados referentes ao recente período de maior restrição nas atividades econômicas

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(Foto: Agência Brasília)(Foto: Agência Brasília)
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A geração de empregos voltou a apresentar saldo positivo, pelo sétimo mês consecutivo, em Passo Fundo. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o município abriu 1.111 vagas de emprego durante o mês de fevereiro. Foram registradas 3.158 admissões, contra 2.047 desligamentos. O índice é o melhor desde que a geração das estatísticas do emprego formal no país passou a cruzar informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web, através do chamado Novo Caged, em vigor desde janeiro de 2020.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a situação de pandemia ainda dava seus primeiros sinais no país, o saldo de fevereiro de 2021 apresenta 302 novos postos de trabalho a mais. O dado positivo aponta para um cenário de recuperação econômica após aproximadamente um ano da chegada do novo coronavírus, no entanto, o balanço mais recente do Novo Caged ainda não contempla o período das novas medidas de restrição nas atividades econômicas, impostas em todo o Estado há pouco mais de um mês, como forma de conter o aumento nos casos de Covid-19 e o colapso da rede de saúde. Os reflexos do fechamento de estabelecimentos considerados não-essenciais, por exemplo, devem ser percebidos apenas no levantamento referente ao mês de março, com previsão para ser divulgado no fim de abril.


Setor de serviços foi o que mais contratou

Ainda conforme o levantamento, na divisão por ramos de atividades, a área de serviços teve a contribuição mais expressiva para impulsionar a geração de empregos em Passo Fundo. Apenas em fevereiro deste ano, o setor contratou 713 pessoas a mais do que demitiu. A indústria aparece em segundo lugar, com 200 novas de emprego, à frente do comércio, que abriu 134 postos de trabalho. O setor de construção ocupa o quarto lugar no ranking municipal, com 57 vagas. A agropecuária, atividade com saldo menos expressivo embora ainda positivo, abriu sete novas vagas de emprego no último mês.

Considerando o total de contratações efetuadas em fevereiro, os homens foram os que mais conquistaram a carteira assinada no município. Ainda de acordo com os dados do Novo Caged, ao todo, foram admitidas 1.769 pessoas do sexo masculino e 1.389 do sexo feminino. O Ensino Médio completo é o nível de escolaridade que mais prevalece entre as contratações. Em relação à idade, entre as admissões, destaca-se também a faixa etária dos 18 a 24 anos, seguida dos 30 a 39 e, na sequência, de 25 a 29 anos.


Histórico

Desde que a situação de pandemia do novo coronavírus se instalou no país, o município enfrentou cinco meses consecutivos com saldos negativos na geração de empregos. O registro mais crítico, conforme ilustra o compilado de mês a mês do Novo Caged, aconteceu no mês de abril, quando o saldo de vagas despencou para -1.848. Após esse período, com a redução nas medidas de distanciamento social, os números começaram a apresentar recuperação gradativa, consolidando o primeiro saldo positivo – desde março de 2020 – no mês de agosto, quando foram disponibilizadas 127 novas vagas de trabalho. De lá para cá, o município não voltou a registrar saldos negativos até o momento.


País volta a apresentar saldo positivo

O Brasil também teve saldo positivo na geração de empregos. Os dados do Novo Caged mostram que o país gerou 401.639 novos postos de trabalho em fevereiro deste ano, resultado de 1.694.604 admissões e de 1.292.965 desligamentos de empregos com carteira assinada.

O crescimento é o maior para o mês, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Entretanto, como o mês de fevereiro não contempla o período de intensificação das restrições das atividades, impostas por diversos estados e municípios para o enfrentamento à nova onda de casos de covid-19, para Guedes, o foco do governo agora deve ser a vacinação em massa da população, “principalmente dos 40 milhões de brasileiros do mercado informal”, que é o grupo mais vulnerável que foi atendido pelo auxílio emergencial do governo federal.

De acordo com o ministro, cerca de 10% das novas admissões, 173 mil vagas, foram no setor de serviços, que é o mais sensível também para a informalidade. “Nós precisamos vacinar em massa para que o brasileiro informal, os quase 40 milhões de invisíveis, não fique nessa escolha cruel entre sair [para trabalhar] e ser abatidos pelo vírus ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, disse.

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 40.022.748 vínculos em fevereiro, o que representa uma variação de 1,01% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2021, foi registrado saldo de 659.780 empregos, decorrente de 3.269.417 admissões e de 2.609.637 desligamentos.


*Com informações da Agência Brasil

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