Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram que a economia segue em recuperação gradativa em Passo Fundo. De acordo com o levantamento, o município gerou 534 novas vagas de trabalho no mês de junho. O índice é resultado de 2.573 contratações, contra 2.039 demissões reportadas durante o período.
O saldo, que manteve-se positivo pelo segundo mês consecutivo, parece apontar para uma retomada dos setores econômicos em Passo Fundo, depois que o avanço da vacinação e a queda no número de casos ativos do novo coronavírus levaram o município a flexibilizar as regras para funcionamento das atividades. Conforme ilustram os números por grupamento de atividade econômica, reunidos no Novo Caged, os setores de serviços e comércio foram os principais responsáveis por alavancar a geração de empregos no último mês — justamente, os mais impactados pelas regras impostas no período em que o atendimento presencial precisou ser vedado a fim de conter a pandemia.
O levantamento revela que, no mês de junho, o setor de serviços admitiu 1.077 trabalhadores e demitiu outros 750, resultando em um saldo positivo de 327 vagas. O comércio aparece logo em seguida, com 932 contratações contra 763 desligamentos, o que equivale a 169 novas vagas de trabalho abertas no período. Em terceiro lugar, está a área da construção, que assinou 172 carteiras de trabalho, mas demitiu 141 pessoas, gerando um saldo positivo de 31 postos de emprego. A agropecuária e a indústria foram os setores que apresentaram números menos expressivos, mas ainda assim mantiveram saldo positivo no último mês, com a geração de 5 e 2 vagas de trabalho, respectivamente.
O cenário especialmente positivo na área de serviços e de comércio já vinha sendo projetado há pelo menos um mês pelo coordenador da agência local do FGTAS/Sine, Sérgio Ferrari, ao analisar o saldo de 178 novas vagas de emprego em maio (conforme a estimativa atualizada pelo Novo Caged), depois de Passo Fundo ter apresentado o pior índice de emprego do ano durante o mês de abril, com o encerramento de 1,4 mil postos de trabalho. “Nossos grandes empregadores são o comércio e os serviços. Então, quando tivemos medidas mais duras, com o fechamento por praticamente 30 dias de diversos setores, quem já estava desestabilizado, demitiu. Mas quando acontece uma reabertura, como agora, os saldos melhoram. Com o aumento do movimento, o empregador precisa contratar mais pessoas”, avaliou à época, prevendo um cenário semelhante nos meses subsequentes.