O setor de serviços voltou a impulsionar a geração de empregos em Passo Fundo. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram que, no mês de agosto, o município abriu 555 novos postos de trabalho, sendo mais de 300 deles apenas na área de serviços. O saldo total de vagas de trabalho ofertadas no período é resultado da contratação de 2.961 carteiras assinadas no último mês, contra a demissão de 2.406 funcionários formais. Esse é o quarto mês consecutivo em que o número de admissões superou o de desligamentos, depois de a cidade ter apresentado o pior índice do ano durante o mês de abril, com o fechamento de quase 1,5 mil postos de trabalho.
A alta na geração de empregos dentro do setor de serviços também não é novidade. Como descreve de forma recorrente o coordenador da agência local do FGTAS/Sine, Sérgio Ferrari, os serviços sempre representaram uma das principais forças de Passo Fundo no quesito empregabilidade. Tanto é que, segundo o Novo Caged, no acumulado de todo o ano de 2021, até o momento, as empresas prestadoras de serviços foram as que mais empregaram novas pessoas no município, liderando o ranking de contratações por grupamento de atividade econômica. Somente no mês de agosto, período mais recente a figurar no levantamento, a área admitiu 1.144 funcionários e demitiu outros 839, indicando um saldo positivo de 305 novos postos de trabalho.
Retomada
A atipicidade do último mês está na ordem em que as demais atividades aparecem na lista. Enquanto no mês de julho, como já acontecia historicamente, o comércio aparecia em segundo lugar no ranking de geração de empregos, em agosto, o setor foi o único setor a demitir mais pessoas do que contratou — foram 921 desligamentos e 919 admissões, resultando em -2 vagas. A virada aconteceu também no setor industrial, embora em efeito contrário. Isto porque, em julho, a indústria havia apresentado o pior índice de empregabilidade entre os cinco setores considerados no levantamento, encerrando 76 postos trabalho. Em agosto, no entanto, a área demonstrou um movimento otimista, com 660 admissões e apenas 479 desligamentos, o que equivale a um saldo positivo de 181 novos postos de trabalho. A construção figura em terceiro lugar no ranking municipal, tendo aberto 61 novas vagas em agosto, e é seguida pela área agropecuária, que gerou mais uma dezena de empregos.
Saldo positivo no país
O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos. Apesar disso, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado na quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão caiu 1,42% na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 1.792,07.
No acumulado no ano, o saldo passou a somar 2.203.987 postos ocupados, decorrente de 13.082.860 de admissões e de 10.878.873 demissões. O estoque nacional, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2021, contabilizou 41.566.955, o que representa uma variação de 0,9% em relação ao estoque do mês anterior.
De acordo com o Novo Caged, em agosto, os dados registraram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (180.660 postos), distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (79.832 postos); comércio (77.769 postos); indústria geral (72.694 postos), concentrado na indústria de transformação (69.266 postos); construção (32.005 postos); e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9.232 postos).
Trabalho Intermitente
Em agosto de 2021, houve 26.554 admissões e 14.766 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 11.788 empregos, envolvendo 5.662 estabelecimentos contratantes. Um total de 259 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. “Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+7.095 postos), comércio (+1.986 postos), construção (+1.607 postos), indústria geral (+1.126 postos), e agropecuária (-26 postos)”, informou o Ministério do Trabalho.