No 11º reajuste dos combustíveis somente neste ano, e 17 dias após a última alta, o novo aumento no preço da gasolina e do diesel aproximou o valor do litro a R$ 7 nos postos de Passo Fundo e, com isso, acumula uma elevação anual de 73% na gasolina e 65,3% no diesel desde a primeira mudança nos preços, em janeiro.
Ainda assim, alguns administradores dos centros de abastecimento afirmam que as novas cotações estão defasadas no município. “Ainda é o preço barato. Alguns postos, em outras localidades, estão vendendo a mais de R$ 7 o litro”, comentou uma gerente ao jornal O Nacional na terça-feira (26). Às vésperas de um novo aumento, filas de carros foram registradas em Passo Fundo para abastecer ainda com o valor antigo, na segunda-feira (25), conforme relatou a administradora.
Essa disparada nos preços também fez com que o diesel ultrapassasse a barreira dos R$ 5 pela primeira vez, cujo valor médio nas bombas locais está em R$ 5,59 o litro, conforme apurado pela reportagem do ON. Isso se deve ao aumento no valor nas refinarias, de acordo com o comunicado da Petrobrás. O óleo diesel puro, antes da mistura com biodiesel, teve aumento médio de R$ 0,28 por litro e passou a custar R$ 3,34.
Considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela fixada no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,94 por litro em média em uma variação de R$ 0,24 de acréscimo ao preço final que terá de ser pago pelo consumidor.
Mercado internacional
Os novos ajustes no valor praticado, explicou a empresa, ocorreram para “garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento” nas distribuidoras, importadoras e outros produtores, além da própria estatal. “O alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021”, justificou a nota. A parcela de petróleo do pré-sal utilizado nas refinarias da Petrobras alcançou, em setembro, um novo recorde de 1,1 milhão de barris, com participação de 65% na carga processada, como mostra o relatório de produção e vendas da estatal.
As correções de preço refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio em dólares, segundo a companhia. Por isso, o preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,21 por litro que chega aos motoristas. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,33 por litro em média. Uma variação de R$ 0,15 por litro, detalhou a empresa petrolífera.
