O ano começou em cenário otimista na geração de empregos em Passo Fundo. O primeiro saldo apresentado neste ano pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apontou índice positivo no município durante o mês de janeiro, quando foram criadas 722 novas vagas de trabalho. O número é resultado de 3.218 admissões, contra 2.496 desligamentos, conforme mostram os dados apresentados na última semana pelo Ministério do Trabalho.
O setor de serviços, que já liderava o ranking de contratações em Passo Fundo no acumulado do último ano, voltou a impulsionar a geração de empregos em janeiro de 2022, admitindo 543 pessoas a mais do que demitiu. A novidade no ranking está na posição da construção civil, que tomou o segundo lugar até então ocupado pelo comércio — de acordo com os dados do Caged, o setor da construção civil gerou 110 postos de trabalho com vínculo celetista em janeiro, enquanto o comércio caiu para a quarta posição, com somente duas novas vagas. A indústria aparece em terceiro lugar, com saldo positivo de 66 contratações, enquanto a agropecuária ocupa a última posição da classificação, tendo aberto somente uma vaga no primeiro mês do ano.
O painel de dados da pasta expõe também o perfil dos trabalhadores admitidos durante o período. A principal parcela deles (1.805) foi composta por homens, enquanto a contratação de mulheres chegou a 1.403. Destes, 984 eram jovens com idades entre 18 e 24 anos, em oposição às pessoas com 65 anos ou mais, que aparecem na outra ponta do ranking, com somente cinco contratações. Quanto à escolaridade, a maioria disparada de contratados em modalidade celetista em janeiro foi de pessoas com ensino médio completo (1.788); em segundo lugar, aparecem 493 pessoas com ensino superior completo; 254 com fundamental completo; 247 com ensino médio incompleto; 243 com superior incompleto; 192 com fundamental incompleto; e somente duas pessoas analfabetas.
Saldo positivo no país
O Brasil fechou o mês de janeiro de 2022 com um saldo de 155.178 empregos formais, segundo o balanço do Novo Caged. O saldo de janeiro foi resultado de 1.777.646 admissões e 1.622.468 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais no país chegou a 40,8 milhões, o que representa uma variação de 0,38% em relação ao estoque do mês anterior. Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em janeiro/2022 foi de R$ 1.920,59. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 115,24, uma variação em torno de 6,38%.
Os números mostram que, no mês de janeiro, quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, com a geração de 102.026 novos postos de trabalho formais. O destaque fica para as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que geraram 58.773 postos. Na sequência vem a indústria geral, que abriu 51.419 postos; construção civil, com 36.809 postos e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 25.014 postos. O setor de comércio teve saldo negativo de 60.088 postos.
Além disso, em janeiro de 2022, houve 21.367 admissões e 17.538 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente — empresa contrata um funcionário para prestar serviços de forma esporádica—, gerando saldo de 3.829 empregos, envolvendo 4.827 estabelecimentos contratantes. “Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+2.592 postos), construção civil (+1.256 postos), indústria geral (+824 postos), agropecuária (+81 postos) e comércio (-924 postos)”, informou a pasta. Já em relação ao trabalho em regime de tempo parcial foram registradas 16.370 admissões e 15.687 desligamentos, gerando saldo de 683 empregos.
Desligamento mediante acordo entre empregador e empregado
Em janeiro de 2022, houve 17.975 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 12.294 estabelecimentos, em um universo de 11.419 empresas. Houve 49 empregados que realizaram mais de um desligamento.
*Com informações da Agência Brasil