Município abre mais de 800 postos de emprego no mês de março

Conforme apontam os novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Passo Fundo registrou saldo positivo na geração de empregos pelo terceiro mês consecutivo

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Cerca de 2,6 mil vagas de trabalho foram criadas em Passo Fundo no primeiro trimestre do ano. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)Cerca de 2,6 mil vagas de trabalho foram criadas em Passo Fundo no primeiro trimestre do ano. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Cerca de 2,6 mil vagas de trabalho foram criadas em Passo Fundo no primeiro trimestre do ano. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Passo Fundo voltou a apresentar saldo positivo na geração de empregos durante o mês de março, com a abertura de 879 novos postos de trabalho. De acordo com o balanço do Ministério do Trabalho, disponível no painel de informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o índice é resultado de 4.436 admissões e 3.557 desligamentos registrados no período.

Conforme mostra o levantamento, a exemplo dos meses anteriores, o setor de serviços continuou liderando o total de contratações no município durante o mês de março. O setor ocupa de maneira isolada o primeiro lugar no ranking por grande grupamento de atividade econômica, com 785 postos de trabalho gerados no terceiro mês do ano. Em segundo lugar está a indústria, responsável por criar 98 novas vagas com vínculo celetista em março. Já o setor de construção aparece na terceira posição, com 41 empregos. Agropecuária e comércio figuram nas últimas colocações, com índices negativos de -5 e -40 vagas, respectivamente. 

Embora o fechamento de postos de trabalho na área do comércio possa parecer surpreendente em um primeiro momento – considerando que o setor chegou a ocupar a segunda posição no ranking de contratações no acumulado de 2021, ficando atrás somente da área de serviços –, o coordenador local do FGTAS/Sine, Sérgio Ferrari, explica que oscilações como essa são naturais e não devem ser analisadas somente mês a mês. “Há meses melhores para determinados setores e piores para outros. Para entendermos o panorama de cada um deles, é preciso aguardar um compilado semestral”, pondera. 


Saldo do primeiro trimestre aponta cenário otimista

Apesar do registro de números negativos em parte dos setores econômicos do município, de modo geral, os índices de geração de empregos observados neste ano vêm apontando para uma tendência positiva no cenário econômico. Ainda de acordo com o levantamento do Ministério do Trabalho, Passo Fundo manteve saldo positivo em todos os três primeiros meses do ano, encerrando o trimestre com um acumulado de 2.623 vagas criadas somente neste período. 

“Podemos ver que será um grande ano para o município. Um exemplo disso é o mês de janeiro, que teve um resultado perfeito. Normalmente, janeiro é negativo devido ao período de férias, em que muitas empresas demitem funcionários e voltam a contratam somente após o retorno das aulas, mas neste ano tivemos mais de 700 vagas criadas logo no primeiro mês. Nós já imaginávamos que começaríamos o ano bem, mas não sabíamos que seria tanto”, observa Sérgio Ferrari.

Somente na agência local do FGTAS/Sine, de acordo com o coordenador da unidade, cerca de 60 vagas de emprego têm sido disponibilizadas diariamente, o que denota uma busca expressiva por mão de obra na cidade. “Nós já vínhamos de um acumulado de 4.300 oportunidades de trabalho geradas em 2021. Se considerarmos os dados de todos os meses do ano passado e os primeiros meses deste ano, já são 6,7 mil vagas positivas em 15 meses”, destaca, definindo a fase vivida por Passo Fundo atualmente como “um grande momento para a empregabilidade”. 


Brasil gerou 136 mil empregos formais em março

Os números positivos computados em Passo Fundo seguem tendência nacional. Segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), em março, o Brasil também manteve saldo positivo pelo terceiro mês consecutivo, com a criação de 136.189 empregos formais. O saldo é resultado de 1.953.071 contratações, menos 1.816.882 de demissões. Graças às novas admissões, o estoque de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos no país, ficou em 41,2 milhões de empregados, variação de positiva de 0,33% em relação ao mês anterior.

No acumulado do ano de 2022, foi registrado saldo de 615.173 empregos, decorrente de 5.820.897 admissões e de 5.205.724 desligamentos. "Este é o terceiro mês consecutivo que verificamos um crescimento na criação de novos empregos", destacou o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, durante apresentação do resultado. "Nos permite sonhar em um número acumulado no final de 2022 superior àquele que havíamos programado, que era cerca de um milhão de novos empregos", acrescentou. 

Os dados mostram que o saldo positivo do nível de emprego em março foi registrado em quatro dos cinco grupos de atividades econômicas. A maior parte, no total de 111.513 novos empregos, foi gerada no setor de serviços, distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. 

O setor de construção civil foi o segundo que gerou mais empregos em março, com saldo positivo de 25.059 postos de trabalho, seguido pela indústria (15.260 novos empregos) e comércio, com saldo de 352. O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo negativo de geração de empregos, com 15.995 desligamentos a mais do que contratações.  

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