Vendas para o Dia das Mães devem crescer de 15% a 20% em Passo Fundo

Segundo a CDL, a expectativa é de um movimento de R$15 a R$17 milhões na economia local

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Os locais de preferência para as compras são as lojas de rua do centro ou de bairros, além de shoppings. (Foto: Gerson Lopes/ON)Os locais de preferência para as compras são as lojas de rua do centro ou de bairros, além de shoppings. (Foto: Gerson Lopes/ON)
Os locais de preferência para as compras são as lojas de rua do centro ou de bairros, além de shoppings. (Foto: Gerson Lopes/ON)
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A dois passos da data dedicada a quem nos trouxe a vida, o Dia das Mães passa a movimentar o comércio e a aumentar o número de vendas de diferentes segmentos. Considerada a segunda melhor data comemorativa do ano em termos de negócio, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Passo Fundo (CDL) estima que seja registrado um crescimento de 15% a 20% nas vendas, representando de R$15 a R$17 milhões na economia local.


Os passos após dois anos de pandemia

Após dois anos vividos sob a luz da pandemia, a redução da renda de muitas famílias impactou diretamente no seu poder de compras, o que afetou vários setores da economia. No entanto, 2022 parece indicar a retomada efetiva de muitos empreendimentos, como explica o presidente da CDL, Fernando de Carli. “Estamos otimistas com o retorno das atividades econômicas no pós pandemia e a expectativa de crescimento nas vendas em datas como o Dia das Mães, nos dá mais confiança na retomada. Fatores como a liberação do FGTS e do 13º do INSS, devem aumentar o poder de compra e facilitar as compras”, disse. 

Apesar das expectativas de aumento das vendas serem positivas, é esperado por muitos lojistas que o crescimento se aproxime dos resultados obtidos em 2019. Em 2019, o valor real de venda foi de R$ 12,2 milhões na região de Passo Fundo, porém, com a correção e atualização de valores a partir da Calculadora do Cidadão do Banco Central do Brasil, a CDL esclarece que as vendas seriam de R$ 19,7 milhões, valores que buscam alcançar em 2022.


Destino dos consumidores

Mesmo que o isolamento social tenha estimulado as compras on-line, Fernando pontua que elas não representaram uma mudança de comportamento da população. “Apenas 16% das pessoas pensaram na internet para comprar o presente para as mães”, explicou, fazendo referência ao dado obtido a partir de uma pesquisa de intenção de compra realizada pela CDL Passo Fundo com aproximadamente 250 pessoas na última semana.

A pesquisa trouxe dados sobre quem as pessoas irão presentear, quais itens irão dar, os valores investidos, as formas de pagamento utilizadas, entre outros, com a constatação de que 75% do público entrevistado vai presentear no Dia das Mães.

Entre as respostas, os locais de preferência para as compras são as lojas de rua do centro ou de bairros, além de shoppings, com a maioria dos consumidores (88%) se direcionando aos estabelecimentos na semana que antecede o Dia das Mães, enquanto somente 12% comprou antecipadamente. 


A chuva e a queda acentuada das temperaturas 

Esses números refletem no que a maioria dos lojistas do centro passo-fundense encontraram nesta semana, principalmente pelo tempo chuvoso e a queda nas temperaturas que afastou o público entre segunda (2), terça (3) e quarta-feira (4). O que traz a expectativa para hoje (6) e sábado (7), os dois dias que antecedem a data e que, de acordo com os comerciantes locais, são os que mais movimentam público.

A chuva e o frio, no entanto, são um convite para entrar em lojas que vendem roupas e calçados. Segundo a pesquisa realizada pela CDL, entre os presentes mais escolhidos, as roupas representam 46% e os calçados 14%. Conforme explicou a gerente de uma das redes de lojas de vestuário do centro de Passo Fundo, nesta semana o frio ajudou para que itens de inverno fossem adquiridos para as mães, o que se somou, na opinião dela, ao aumento do poder aquisitivo da população este ano. 


A procura pelo presente ideal

Mesmo que a procura possa depender de circunstâncias que antecedem a data, muitas vezes a pesquisa por presentes inicia meses antes, como destacou o gerente de uma das lojas de eletrodomésticos localizadas na Avenida Brasil. “Bastante gente veio em abril, dizendo que iriam deixar para comprar na semana, mas já estavam vendo o valor. Percebemos que tem esse movimento”, esclareceu, acrescentando que os produtos que mais estão sendo orçados são refrigeradores e máquinas de lavar, alternativas de presente que requerem mais planejamento na compra por parte do consumidor. Em 2021, a procura maior era por móveis como sofás e cozinhas.

Nesse sentido, outros itens mais optados para dar de presente foram acessórios (28%), cuidados estéticos e cosméticos (20%) e experiências como jantares, almoços, passeios e viagens (16%). O presidente da CDL, Fernando de Carli, pontua que o leque de opções é grande, incluindo muitas vezes a montagem de kits personalizados que se tornam mais baratos, como é o caso da área da beleza. “Ou seja, a criatividade poderá ser uma solução para presentear de forma mais econômica”, disse. 

A questão econômica refletiu em 25% dos entrevistados pela CDL que ainda não haviam decidido se iriam comprar presentes, por motivos financeiros ou por não terem quem presentear. Entre aqueles que vão presentear, 81% indicaram que ele será direcionado às mães, 22% para companheiras, 13% avós e por último sogras e irmãs. Um terço das pessoas vai presentear mais de uma pessoa. Além disso, a faixa de valor predominante foi de R$50 a R$100 (50%). Cerca de 31% investirá entre R$100 e R$200; 10% investirá até R$50 e 9% vai desembolsar mais de R$200.


A retomada do trabalho

Com a movimentação no comércio local, uma demanda maior por funcionários é requerida para que todo o público seja atendido. De acordo com Fernando de Carli, estímulos à economia com o Dia das Mães, Natal e Páscoa, são fundamentais para impulsionar novas contratações, além de aumentar o poder de compra da população. “Criamos assim um círculo virtuoso para toda a economia”, pontuou, destacando que os negócios como um todo estão em um momento de expectativa de retorno das vendas aos patamares anteriores à pandemia. Desse modo, muitas empresas estão contratando para restabelecer o quadro de funcionários que tinham antes de 2020, com destaque para a área comercial de produtos e serviços.

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