Passo Fundo fecha o mês de maio com saldo negativo na geração de empregos

Município encerrou 308 postos de trabalho no período; no acumulado do ano, por outro lado, o saldo permanece positivo, com 2.318 novas vagas geradas ao longo de cinco meses

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Município registrou 2,9 mil admissões e 3,2 mil desligamentos com vínculo celetista. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)Município registrou 2,9 mil admissões e 3,2 mil desligamentos com vínculo celetista. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Município registrou 2,9 mil admissões e 3,2 mil desligamentos com vínculo celetista. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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O mercado de trabalho de Passo Fundo apresentou, no mês de maio, o primeiro registro negativo do ano. Os novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados nessa terça-feira (28), mostram que o município fechou 308 postos de trabalho com vínculo celetista no período. O saldo é resultado de 3.228 desligamentos contra 2.920 admissões.

O setor de serviços, que no primeiro trimestre deste ano mostrou-se como o maior contratante, agora aparece como o principal responsável pela alta no número de demissões em Passo Fundo, com saldo negativo de 547 vagas somente no mês de maio. A indústria aparece em seguida, tendo demitido 37 pessoas a mais do que contratou, logo à frente do setor agropecuário, que encerrou 21 postos de trabalho. O comércio e a construção civil, por outro lado, apresentaram desempenho positivo. Em maio, o setor do comércio gerou 211 vagas de emprego, enquanto a construção civil formalizou 86 vínculos trabalhistas.


Acumulado do ano

Apesar da queda registrada no mês maio, o município manteve-se com números otimistas no primeiro quadrimestre do ano, resultando em um saldo positivo no acumulado de 2022. Conforme o levantamento apresentado pelo Ministério do Trabalho e Previdência, entre janeiro e maio, o município abriu 2.318 novas vagas de emprego com vínculo regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 

Ainda segundo os dados do Caged, nem mesmo o elevado número de demissões promovidas por empresas prestadoras de serviços no mês de maio foi capaz de tirar do setor o posto de principal propulsor da geração de empregos em âmbito municipal. Isto porque, nos cinco primeiros meses do ano, o setor de serviços criou, sozinho, 1.632 postos de trabalho em Passo Fundo. Para o coordenador da agência FGTAS/Sine, Sérgio Ferrari, a variação nos índices é normal e mostra, apenas, que o município não está estagnado. “A área de serviços tem sido nossa principal contratante nos últimos quatro anos. Essa oscilação em maio não diminui a força deste setor”, analisa. 

Como um dos possíveis fatores para a desaceleração nas contratações dentro deste grupo de atividade econômica, Ferrari cita que, no mês de março, o setor de serviços teve uma disparada no número de novas contratações. À época, enquanto o comércio e a agropecuária tiveram saldos negativos e a indústria e a construção, juntas, empregaram 138 novos trabalhadores, o setor de serviços promoveu a contratação de 764 pessoas. “Muitas dessas pessoas estavam em período de experiência e pode ser que o empregador tenha escolhido não ficar com essa mão de obra após o término do período, muitas vezes, porque está buscando trabalhadores com mais qualificação”.

O coordenador local também cita o momento de pós-pandemia como um dos possíveis fatores para a queda, por exemplo, dentro da área da saúde, que integra o ramo de serviços. “Não há mais uma demanda tão alta de profissionais na área da saúde. Esse pode outro fator. Mas como o setor de serviços é muito abrangente, a análise é complexa. O fato é que a gente não vê esse setor decaindo, fechando empresas, pelo contrário. Mesmo com o saldo negativo de maio, ele está muito à frente dos demais setores no acumulado do ano”, analisa.


Perspectivas otimistas

A tendência, ainda segundo Ferrari, é de que o município volte a apresentar saldo positivo na geração de emprego nos próximos meses. “No ano passado, fomos o quarto município que mais empregou em todo o Estado. Nós viemos de ótimos meses e devemos fechar o ano com balança positiva. É um dos melhores momentos da cidade nos últimos cinco anos”, observa, mencionando a previsão de abertura de novas empresas em Passo Fundo e a retomada nas operações do aeroporto Lauro Kortz, além de novas oportunidades de emprego em empreendimentos que já estão instalados na cidade e que seguem em expansão. Somente na agência local da FGTAS/Sine, a média diária de vagas disponíveis tem se mantido em torno de 100, em consonância com uma queda nos pedidos de seguro desemprego, conforme o coordenador. “Antes, tínhamos uma média de 50 pedidos por dia. Hoje, estamos com 15 a 20 atendimentos diários”. 


Café com Emprego oferecerá mais de 840 vagas de trabalho

Promovida pela Prefeitura de Passo Fundo, a quarta edição do programa Café com Emprego será realizada nesta quinta-feira (30), das 8h às 14h, no Clube Juvenil. O evento terá o maior número de vagas disponíveis com relação aos anteriores: serão mais de 840 postos de trabalho oferecidos por 21 empresas e 7 entidades parceiras.

O prefeito, Pedro Almeida, destacou a importância do programa para a vida dos passo-fundenses, enfatizando que aproximadamente 500 pessoas conseguiram se inserir no mercado a partir das oportunidades criadas por ele. “O Café com Emprego é uma das maiores ações do programa Acelera Passo Fundo, que implementamos no ano passado com foco na retomada econômica, em investimentos para a cidade, na geração de emprego e renda. Ele se consolidou e tem feito a diferença direta no dia a dia do cidadão. No ano passado, Passo Fundo chegou à quarta posição entre as cidades gaúchas que mais empregam, dado que projeta a cidade com uma das que mais oferecem oportunidades”, afirmou.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diorges de Oliveira, um dos grandes diferencias da edição é o número de empresas participantes. “O Café com Emprego tomou uma grande dimensão e também é reconhecido na região. Empresas de fora de Passo Fundo disponibilizarão vagas junto com as locais”, pontuou.

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