Passo Fundo cai uma posição no índice de participação do PIB gaúcho

Principais dados socioeconômicos foram atualizados pelo governo gaúcho após cinco anos 

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Passo Fundo concentra 1,8% da população gaúcha vivendo no município. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)Passo Fundo concentra 1,8% da população gaúcha vivendo no município. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Passo Fundo concentra 1,8% da população gaúcha vivendo no município. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
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Com uma geração de bens e serviços somados superiores a R$ 9,8 milhões por ano, o Município de Passo Fundo responde por 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) entre as maiores cidades do Rio Grande do Sul sendo, assim, o 8º maior município do Estado em impacto econômico caindo uma posição no ranking geral desde 2017 quando registrou uma influência de 2,1% no índice quantitativo.

Tais informações contendo os principais dados e análises socioeconômicas sobre o território sul-rio-grandense em 16 grupos de indicadores do Estado, incluindo população, saúde, educação, segurança, renda e pobreza, transporte e participação política, além das contas regionais, agropecuária, indústria, serviços, agronegócio, finanças públicas, mercado de trabalho e comércio exterior, foram divulgadas pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) na quarta-feira (29) trazendo uma atualização após cinco anos decorridos desde a última pesquisa em 2017. 

De acordo com o boletim, Porto Alegre permanece sendo a principal força econômica gaúcha com mais de 17% de participação no PIB proveniente dos R$ 82,4 milhões contabilizados até 2019, ano considerado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) na recente publicação bilíngue escrita em português e inglês. “O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul apresentou, em 2020, uma queda de 6,8% em comparação a 2019. Esse resultado deveu-se à retração conjunta da agropecuária (-29,5%), da indústria (-5,6%) e dos serviços (-4,6%)”, considerou pesquisadora Bruna Borges, do DEE, na análise dos números apresentados.  

Ao lado do território passo-fundense, Novo Hamburgo e Pelotas completam o ranking das dez maiores localidades do Estado, cujo estudo considerou os impactos da pandemia nos setores. “Em 2021, o agronegócio foi responsável por 72% das receitas de exportação e por 13% dos empregos com carteira assinada do Estado”, ressalta a pesquisa ao mencionar a força de trabalho.  

Na análise regionalizada, o Corede Produção é o 6º entre as regiões funcionais com maior geração de riquezas no Rio Grande do Sul com valores superiores a R$ 18 milhões produzidos pelos municípios, entre eles Passo Fundo, que integram o Conselho Regional de Desenvolvimento responsável por abranger 331,1 mil habitantes. O setor agropecuário, destaca o estudo, é proeminente na região, assim como o de serviços, afirmando-se como principal fonte de participação no PIB gaúcho proveniente dos 4,2% de contribuição às finanças públicas.  

 

Sociodemográfico 

Apesar de ser uma das cidades com maior geração de bens e serviços no Estado, Passo Fundo não está entre os dez municípios mais populosos, segundo afirma o estudo do Departamento de Economia e Estatística. Na 12ª posição, o município teve um crescimento populacional superior a 11,5% em dez anos, passando de 184,8 mil para 206,1 mil moradores, conforme a última estimativa populacional realizada antes do Censo Demográfico deste ano.  

No principal indicador socioeconômico do Estado, dos municípios, das microrregiões e dos Conselhos Regionais, Água Santa, que liderava o Bloco Renda desde 2015, assumiu a liderança no índice geral ao avançar 55 posições no Bloco Educação e 119 posições no Bloco Saúde, seguido de Carlos Barbosa, Aratiba, Ipiranga do Sul e Veranópolis no grupo dos cinco municípios mais desenvolvidos segundo o Idese. 

Desde 2018, Passo Fundo escalou 38 posições no indicador para posicionar-se na 138ª colocação no índice sintético, que também funciona como um termômetro social das cidades gaúchas. “Tendo o formato de resumo estatístico, a publicação é um importante instrumento de comunicação da realidade socioeconômica gaúcha, trazendo informações que podem ser utilizadas amplamente pela sociedade, tanto em âmbito escolar e acadêmico quanto para a apresentação do Estado para potenciais investidores”, destacou a pesquisadora do DEE.  

Em ano de eleições nacionais, a pesquisa do Governo Estadual revelou que o RS é o 4º maior colégio eleitoral do país ao eleger 31 deputados federais, 55 deputados estaduais, 497 prefeitos e vice-prefeitos e 4.805 vereadores. As maiores agremiações estaduais do período recente são Partido Progressista (PP), Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).  

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