Ao praticar uma média de preço de R$ 4,55 pago pelo litro da gasolina, o valor cobrado pelo combustível em Passo Fundo está R$ 0,31 mais barato que o registrado nas bombas a nível nacional e R$ 0,24 a menos que a média no Rio Grande do Sul.
Ainda assim, o etanol a R$ 4,96 está R$ 0,41 mais caro que os R$ 4,55 praticados no Estado, segundo a última atualização periódica realizada pela Receita Estadual, em 12 de outubro, com os dados referentes a combustíveis vendidos e adquiridos por postos revendedores de combustíveis nas localidades gaúchas autorizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ao cobrar R$ 4,72 por litro da gasolina, Alvorada se mantém como o município mais caro para abastecer no Estado.
Mais pesado para o bolso de caminhoneiros, o diesel S10 é comercializado, em Passo Fundo, a R$ 6,41, apenas quatro centavos mais barato em relação aos demais postos de abastecimento no Rio Grande do Sul, enquanto o diesel S500 ainda é a opção mais sustentável entre ambos ao ser vendido por R$ 6,32 ao litro.
Aumento de preços
Apesar da queda a nível local, o preço da gasolina nos postos de combustível do país teve alta de 1,47% segundo a pesquisa semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), cuja última edição do levantamento, divulgada na segunda-feira (17), indicou que o consumidor brasileiro pagou em média R$ 4,86 por litro na semana de 9 a 15 de outubro.
Tal elevação foi registrada após 15 semanas de quedas sucessivas, e ocorre após nova alta da gasolina na Refinaria de Maritape, a maior do país sob controle do setor privado. A Acelen, empresa responsável pela sua operação, já havia anunciado no sábado (15) um reajuste de 2% ao corrigir os valores 7 dias antes em 9,7%.
Os anúncios seguem, assim, uma tendência das variações no mercado internacional a partir da cotação do barril de petróleo tipo brent, que registrou uma forte queda em setembro, chegando a custar US$ 82, voltou a subir acima dos US$ 90 neste mês. A alta foi influenciada pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de efetuar um profundo corte na produção.
A Petrobras, contudo, não anuncia mudanças nos preços praticados em suas refinarias há mais de um mês. A última alteração registrada foi uma redução de 7% anunciada no início de setembro em uma prática adotada desde 2016 quando a refinaria brasileira adotou a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula os preços praticados no país aos que são praticados no mercado internacional e adota como referência o barril de petróleo tipo brent, cotado em dólar.
Com base nisso, os combustíveis sofreram forte alta no primeiro semestre do ano, o que gerou manifestações de insatisfação do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em maio, ele trocou o comando da estatal pela quarta vez durante seu mandato, nomeando Caio Mário Paes de Andrade. Bolsonaro também editou uma medida provisória, posteriormente aprovada no Congresso, desonerando tributos e contribuindo para a queda nos preços dos combustíveis sem nenhum anúncio de mudança no PPI, entretanto.
Segundo cálculo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o valor médio da gasolina nas refinarias do país está defasado em R$ 0,30 por litro, ou 8%, nos monitoramentos quase diários das variações de preço.
Diesel e gás
Os postos brasileiros também elevaram os preços do etanol hidratado neste que é o segundo aumento consecutivo com o litro comercializado em média a R$ 3,46. O valor é 2,08% superior ao registrado no levantamento anterior.
A pesquisa semanal da ANP aponta ainda uma alta de 0,33% no preço do gás de cozinha. O botijão de 13 quilos tem sido vendido em média a R$ 110,99. Já o diesel se manteve estável, sendo comercializado a R$ 6,51 na semana passada, R$ 0,01 abaixo do último levantamento.
