Passo Fundo criou 382 postos de trabalho em novembro

Segundo os dados do Novo Caged, segmentos do comércio e serviço foram os principais contratantes

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Foto: Arquivo/Agência BrasilFoto: Arquivo/Agência Brasil
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Alcançando a marca de 3,8 mil carteiras assinadas em 2022, Passo Fundo encerra o mês de novembro com a criação de 382 vagas de trabalho. Com queda nos setores da indústria, construção civil e agropecuária, a chegada do final do ano alavancou o comércio e o serviço, que unidos geraram 429 postos de trabalho, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados na última quarta-feira (28).

De janeiro a novembro de 2022, Passo Fundo manteve um saldo positivo na geração de empregos durante 10 meses, ficando desfalcado somente em maio. Ao todo, são 3.832 carteiras assinadas, com 34.605 admissões e 30.773 demissões. Em um crescente desde agosto, o mês de novembro foi responsável por 2.702 contratações e 2.320 desligamentos. 


Agropecuária 

Entre os cinco principais segmentos, a agropecuária se manteve como o contratante menos significativo no município, sinalizando um alto número de demissões. “Nós somos naturalmente muito fracos no agro, com um número muito pequeno de trabalhadores formais nesta área. Ainda, recebemos várias rescisões de seguro desemprego, muitas pessoas sendo demitidas no agro nesse último mês”, analisa o coordenador local da Agência FGTAS/Sine, Sergio Ferrari, acrescentando que, felizmente, janeiro é importante para a contratação de safristas para a cultura do milho, o que pode representar um aumento para o setor nos próximos meses. Ao todo, foram somente 7 admissões e 16 demissões, resultando em um saldo negativo de 9 vagas em novembro.


Ritmo de férias 

Nesse mesmo ritmo, outro setor que registrou queda foi a indústria, demitindo 20 pessoas a mais do que contratou. “Tudo o que a indústria tinha para produzir, ela já produziu, então agora inicia um processo de dispensa para somente voltar em janeiro, após as férias”, pontua Sérgio. Com 318 pessoas admitidas e 338 desligadas, o crescimento do setor nos meses anteriores aconteceu para o atendimento às demandas do fim de ano, que se tornam dispensáveis agora, assim como o que é observado na construção civil. “A construção civil costuma dispensar nessa época do ano porque ela encerra muitos projetos e obras. É uma maré de altos e baixos”, acrescenta o coordenador. Ao todo, foram 139 admissões e 157 demissões na construção, desligando 18 funcionários a mais do que contratou.


Comércio e serviço 

Em contrapartida, os setores que mais demandam trabalhadores no período de festas de Natal e Ano Novo são o comércio e o serviço, principais contratantes do mês e únicos que encerraram novembro com saldo positivo na geração de empregos. “Novembro e dezembro há mais contratações em locais como padarias, mercados e até mesmo para entregas, porque se tem mais pedidos, precisamos de mais pessoas contratadas para entregar. Então vai ter uma evolução natural nos serviços, isso é normal”, explica Sérgio Ferrari.

O comércio foi responsável pela criação de 201 postos de trabalhos, sendo 1.063 admitidos e 862 demitidos, enquanto o segmento de serviços criou 228 vagas, admitindo 1.175 pessoas e demitindo 947. Esse número também reflete nas contratações temporárias, com 13 carteiras assinadas para o setor de serviços e 2 para o comércio, resultando em um saldo positivo de 15 vagas entre 35 admissões e 20 desligamentos.


Gênero, idade e escolaridade 

Quando se trata do gênero dos contratados, a maioria foram mulheres, totalizando 265, com a contratação de 117 homens. Na idade, a principal faixa foi a de jovens entre 18 e 24 anos, que ocuparam 203 das 382 vagas. Apesar disso, esse grupo foi o que mais sofreu com os desligamentos, sendo 848 admissões e 645 demissões. Nessa esfera, as faixas de idade predominantes foram os adolescentes até 17 anos (39 postos de trabalho) e adultos de 25 a 29 anos (46 postos de trabalho) e de 40 a 49 anos (43 postos de trabalho).

No grau de instrução, em uma repetição do cenário de meses anteriores, os contratados que possuem o ensino médio completo são a maioria, ocupando 206 vagas. Ao lado, quem possui o ensino superior completo (90 vagas) e incompleto (50 vagas), além do ensino médio incompleto (53), são os principais contratados. No entanto, aqueles que possuem somente o ensino fundamental completo foram os que mais sofreram com as demissões, tendo 44 pessoas desligadas a mais do que contratadas.


Vagas FGTAS/Sine

A Agência FGTAS/Sine de Passo Fundo conta com cerca de 300 vagas de emprego disponíveis de 55 empresas do município, variando desde oportunidades para auxiliar de cozinha e estoque, motorista de caminhão, recepcionista a intérprete de libras. Conforme aponta o coordenador da agência, Sérgio Ferrari, a oferta de vagas nesta época do ano é um marco para a FGTAS. “Nunca chegamos na história de Passo Fundo e da Agência com essa quantidade de vagas no mês de dezembro, além do que você vê nas mídias com as empresas divulgando. É um bom momento para o trabalhador”, afirma.

Interessados nas vagas devem se dirigir à agência da FGTAS/Sine localizada na Av. Brasil, nº 631, bairro Centro, além de poderem entrar em contato pelo e-mail [email protected] e o telefone (54) 3313-2951.

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