Tributos encarecem os presentes para o Dia dos Namorados

Pesquisa mostra que os chocolates são taxados em 39,1% e as joias em 50,44%

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Tributos impactam no preço final para o consumidor Foto – Valter Campanato-Agência BrasilTributos impactam no preço final para o consumidor Foto – Valter Campanato-Agência Brasil
Tributos impactam no preço final para o consumidor Foto – Valter Campanato-Agência Brasil
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 Na próxima segunda-feira (12) será comemorado o Dia dos Namorados. De um modo geral, o consumidor não sabe quais são as taxas de tributos que incidem nos principais produtos que compõem a lista de presentes mais procurados nesta época do ano. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra as taxas de tributo projetadas para este ano que impactam no preço final para o consumidor. O perfume importado, por exemplo, é taxado com 78,99%, e o nacional, com 69,13%. No caso do importado, pesam também o imposto de importação, o frete, a dolarização, o desembaraço aduaneiro e a taxa de comércio exterior, que elevam o preço do produto internamente. Os chocolates, sempre lembrados como presente, são tributados em 39,61% e as flores naturais, em 17,71%. Objetos pessoais, como relógios, tem taxação de 56,14% e joias, de 50,44%. Se a opção for por bijuterias, os impostos serão de 43,36%.

Regressividade

Uma característica do sistema tributário brasileiro é esse acúmulo sobre o consumo, disse o diretor do IBPT, Carlos Pinto. “A gente tem aí um tributo que entra na base de outro tributo, e isso faz com que haja uma parcela extremamente grosseira dentro de um produto que é relativo à tributação”. Ele considera o sistema de tributação brasileiro antagônico ao sistema mundial. Na regra geral, existem três fontes de receita do governo: renda (Imposto de Renda); patrimônio (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, Imposto Predial e Territorial Urbano, Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis-ITBI); e consumo. Quando se tem uma carga tributária elevada sobre o consumo, “não há escapatória para o contribuinte. É armadilha, e todo mundo cai”. No Brasil, esse imposto é por dentro. Ou seja, o consumidor não sabe quanto está pagando.

 


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