Audiência pública discute situação da indústria garimpeira em Ametista do Sul

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O Ministério Público do Trabalho de Passo Fundo realizou nesta tarde (3) uma audiência pública para debater a situação da indústria garimpeira de Ametista do Sul. As atividades estão interrompidas há 70 dias, depois que o MPT identificou irregularidades no local. A audiência aconteceu de maneira remota e contou com a presença de diversos órgãos.

 

 

O principal pedido é para que o MPT agilize a autorização para o retorno das atividades nos garimpos da cidade. A mineiração é a principal atividade econômica do município, tanto pela extração de pedras preciosas, como também pelo turismo impulsionado pelas minas.

 

As entidades afirmam que toda a cidade está passando por necessidade, e que já foram feitos parceria entre bancos e donos de garimpos para tentar amenizar as dívidas contraídas durante o período de interdição. Segundo a Câmara de Vereadores, o poder público tem ajudado a população garimpeira com doações de cestas básicas, mas não é o suficiente.

 

O Procurador do Trabalho, Antônio Bernardo Santos Pereira, responsável pelo caso, explicou que a ideia da audiência era ouvir os órgãos envolvidos. “ Eu sei que há uma pressão para que o pessoal de Ametista volte a produzir, e o Ministério Público não é contra a produção. O que nós queremos é que o trabalho seja realizado de forma segura. Então, além de fiscalizar, queremos conscientizar a população”, explicou.

 

Segundo ele, o MPT vai investigar se as cooperativas estão cumprindo os acordos propostos referentes à segurança do trabalho. “Durante muitos anos, eles assumiram compromissos e não implementaram. Por essas negligências, decidimos fiscalizar de forma mais efetiva e, desde então, foram feitas essas interdições.

 

Relembre o Caso

 

No dia 25 de julho, uma operação resultou na prisão de 15 pessoas na cidade de Ametista do Sul. A operação Elmo VII teve como objetivo, fiscalizar a fabricação e o uso indevido de explosivos, e envolveu o Exército, Ministério do Trabalho, Polícia Federal, Brigada Militar, Polícia Civil, Bombeiro, CREA e Depam.

 

Além das prisões, foi apreendida uma grande quantidade de pólvora irregular, destruída durante a operação.

 

 

 

 

 

 


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