Pesquisa desenvolvida na Imed conquista prêmio nacional de tecnologia social

Projeto da IMED conquistou o primeiro lugar na categoria “Cidades Sustentáveis” do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2021

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A iniciativa já resultou em diversos processos e produtos de inovação social e de tecnologia social (Foto: Divulgação/Imed)A iniciativa já resultou em diversos processos e produtos de inovação social e de tecnologia social (Foto: Divulgação/Imed)
A iniciativa já resultou em diversos processos e produtos de inovação social e de tecnologia social (Foto: Divulgação/Imed)
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O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social divulgou nesta quinta-feira, dia 2 de dezembro, por meio de uma live, os projetos ganhadores da edição 2021. 

Na cerimônia de premiação, os olhares atentos e ansiosos dos pesquisadores e envolvidos no projeto “Codesign entre projetistas do século XXI e pessoas com deficiência visual: processos e produtos” não resistiram à emoção do anúncio: a pesquisa desenvolvida pelo Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da IMED conquistou o primeiro lugar na categoria “Cidades Sustentáveis”. 

Ao utilizar a metodologia de Codesign, que representa a criação de produtos ou serviços em conjunto entre projetistas e usuários, a pesquisa promove empoderamento de crianças e pessoas com deficiência visual por meio da troca de saberes e expertises, impactando diretamente na qualidade de vida, na criatividade e na autonomia de quem participa do projeto. 

“Todas as ações foram desenvolvidas para que as pessoas se empoderem e possam, com isso, transformar o mundo para melhor”, destaca a pesquisadora Andréa Mussi, docente e coordenadora do Núcleo de Inovação e Tecnologia em Arquitetura e Urbanismo (NITAU) do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da IMED.

Para ela, a premiação é o reconhecimento de toda uma trajetória científica, extensionista e de impacto social. “É todo um processo de codesign de cocriação de soluções para incluir as pessoas com deficiência visual nos processos decisórios de projetos de arquitetura, interiores e paisagismo. E com as crianças, nos processos de construção de brinquedos e playgrounds inclusivos”, destaca.

A iniciativa já resultou em diversos processos e produtos de inovação social e de tecnologia social, que envolvem programação de linguagem gráfica, arduino, cultura maker e fabricação digital. Entre os processos e produtos gerados por meio da pesquisa, estão o codesign na nova sede da Associação Passofundense de Cegos, plugins no Dynano, a construção de uma metodologia de codesign com a participação de crianças e pessoas com deficiência visual, codesign de playground inclusivo, codesign de brinquedos entre projetistas e crianças e um artefato automatizado representativo de ambientes internos. 

As atividades que compõem o projeto foram desenvolvidas pela professora Andréa Mussi e equipe, como bolsista de produtividade do CNPq em sua pesquisa “Codesign entre projetistas do século XXI e pessoas com deficiência visual: processos e produtos” e como coordenadora do projeto financiado pela FAPERGS: “Codesign no ambiente escolar: aprendizagem criativa com o uso de fabricação digital e prototipagem rápida”. 

Além disso, o projeto é oriundo da orientação de voluntários e bolsistas de iniciação científica e tecnológica da IMED - Sara de Cesaro, Daiara Rodrigues e Ruth Yabar - e das dissertações das mestrandas do Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da IMED, que compõe a equipe do NITAU, Luísa Silva e Alana Arena, com coorientação da Prof. Thaísa Silva, e Luísa Deon e Priscila Isele, além das ações, desde 2016, das turmas da disciplina de Projeto Inclusivo do Mestrado, já publicadas em artigos científicos.

A metodologia de Codesign e parte das ações inovadoras e de impacto social estão sendo transferidas para o mercado, por meio da startup Missão Criativa (@missao.criativa), que empodera as crianças para serem o que quiserem ser, com foco, concentração, determinação e conhecimento, respeitando o mundo e cocriando soluções conjuntas numa aprendizagem criativa e divertida, por meio da construção de brinquedos educativos.

Entre os parceiros das atividades desenvolvidas estão a Associação Passofundense de Cegos (APACE), a instituição Lar de Menina Pe. Paulo Farina e escolas públicas e privadas de Passo Fundo, como a Escola Municipal de Ensino Fundamental Monte Castelo e a Escola Notre Dame Menino Jesus. 


Sobre o prêmio

O Prêmio, criado em 2001, é o principal instrumento de identificação e certificação de tecnologias sociais que compõem o Banco de Tecnologias Sociais. Realizado a cada dois anos, o Prêmio identifica, certifica, premia e difunde tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou nacional, que sejam efetivas na solução de questões relativas à alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde.

Neste ano, o total do investimento é de até R$2 milhões em premiação e certificação, divididos entre as cinco categorias. O Prêmio é destinado a instituições de ensino e de pesquisa, fundações, cooperativas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de direito público ou privado, legalmente constituídas no Brasil.


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