Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional vai oferecer atendimento especializado

Atendimentos de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem seguem os encaminhamentos realizados a partir das avaliações

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Com a pandemia e o contexto de distanciamento social, a necessidade de trabalhar a inclusão dos estudantes foi acentuada (Foto: Michel Sanderi/PMPF)Com a pandemia e o contexto de distanciamento social, a necessidade de trabalhar a inclusão dos estudantes foi acentuada (Foto: Michel Sanderi/PMPF)
Com a pandemia e o contexto de distanciamento social, a necessidade de trabalhar a inclusão dos estudantes foi acentuada (Foto: Michel Sanderi/PMPF)
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A igualdade no acesso e a qualidade da educação são compromissos da rede municipal de Passo Fundo. Com a pandemia e o contexto de distanciamento social, a necessidade de trabalhar a inclusão dos estudantes foi acentuada. Por isso, a Prefeitura de Passo Fundo criou, por meio de um decreto publicado nesta segunda-feira (27), o Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional.

Para o prefeito Pedro Almeida, esta iniciativa é fundamental para assegurar a recuperação dos conteúdos letivos, fortalecer os projetos pedagógicos da Secretaria de Educação e criar as condições para que, no próximo período letivo, todos os estudantes tenham condições de avançar no processo de aprendizagem. “O enfrentamento das desigualdades educacionais é um desafio que a pandemia acentuou. Acreditamos que, com este Centro, o estímulo ao combate do déficit educacional será maior, promovendo melhores resultados”, defende Pedro.

O secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, explica que a perspectiva é assegurar uma política pública educacional diante dos desafios apresentados durante e após a pandemia, visando um sistema de ensino que contemple todas as crianças e adolescentes, fortalecendo, ainda, o protagonismo de Passo Fundo como uma Cidade Educadora. “Na prática, o Centro ampliará significativamente o serviço oferecido pelo Centro Municipal de Atendimento ao Educando (CEMAE), aproximará os diferentes órgãos da Rede de Apoio à Escola (RAE) e potencializará o atendimento oferecido aos estudantes da Educação Especial nas salas de recursos, principalmente, os da Educação Infantil”, afirma.


Metodologia

O secretário de Educação explica como será o fluxo de atendimento. “Os estudantes que apresentarem dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, mesmo após passarem pelo projeto Apoiar ou nas Salas de Recursos, serão encaminhados para o Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional, onde passarão por triagem e avaliação para o melhor encaminhamento à equipe multiprofissional do próprio do Centro, que contará com professores de diversas áreas, além de outros profissionais como pedagogo, neurologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo e assistente social”, pontua.

Até o momento, os atendimentos de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem seguem os encaminhamentos realizados a partir das avaliações psicodiagnósticas. Com o Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional, iniciativa pública inédita no Brasil, serão oferecidos serviços especializados na área da saúde voltados à educação em um único espaço, facilitando o acesso e o deslocamento das famílias.

Neste ano, o CEMAE teve 174 encaminhamentos para avaliação ao setor de psicologia das 35 escolas de ensino fundamental da rede e 20 encaminhamentos das escolas municipais de educação infantil, realizando um total de 90 avaliações. Com a criação do Centro Pós-Covid de Combate à Desigualdade Educacional, a capacidade de atendimento deverá ser ampliada em 60%.

Os estudantes que serão atendidos no centro são oriundos exclusivamente das 72 escolas municipais. Ao todo, a rede conta com 35 instituições de Ensino Fundamental e 37 de Educação Infantil, as quais contemplam aproximadamente 17 mil estudantes.

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