Escola Lucille Fragoso permanece fechada há três anos por problemas elétricos

Os cerca de 370 estudantes tiveram de ser transferidos para prédio do Senai após interdição

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Antigo prédio do Senai foi adaptado para receber os estudantes do Lucille. (Foto: CPERS Sindicato)Antigo prédio do Senai foi adaptado para receber os estudantes do Lucille. (Foto: CPERS Sindicato)
Antigo prédio do Senai foi adaptado para receber os estudantes do Lucille. (Foto: CPERS Sindicato)
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Desde o dia 6 de maio de 2019, é o silêncio que acompanha a rotina escolar na Escola Estadual de Ensino Médio Lucille Fragoso de Albuquerque. Interditada após parte do educandário registrar a saída de centelhas de fogo no Bloco 1, e de laudos técnicos apontarem severos comprometimentos da fiação elétrica, o colégio está há três anos sem receber estudantes, que tiveram de ser transferidos para uma estrutura improvisada do Senai para dar prosseguimento ao ano letivo antes do ensino remoto ser adotado durante a pandemia.

Desativado, o prédio foi adaptado para se converter em escola temporária aos cerca de 370 estudantes matriculados no Lucille. Na biblioteca, paredões de livros são formados a partir do depósito do material escolar no chão, uma vez que as prateleiras de metal são insuficientes para abrigar os exemplares na sala onde era ditado o curso de mecânica exalando “forte cheiro de fuligem, prejudicando a concentração e aprendizagem dos alunos”, segundo denunciou o CPERS/Sindicato na sexta-feira (11).

O local, que fica a 1 quilômetro da sede da escola e obriga os educados e docentes que vivem nos entornos do centro de ensino a se deslocarem com o transporte escolar ou de forma independente, foi comparado a um depósito pelos integrantes da central sindical que representa os professores gaúchos. “Outro problema enfrentado diariamente é a falta de luz, que cai a todo momento”, menciona a nota da entidade após uma visita às instalações do Senai. “É impossível que uma reforma leve mais de 3 anos para ser feita. Enquanto isso, a comunidade está submetida a deslocamentos e riscos de contaminações e problemas elétricos novamente”, considerou o diretor do 7º Núcleo do CPERS, em Passo Fundo, Orlando Marcelino.

Escola foi interditada em 2019. Foto: Lauriane Agnolin/Arquivo ON


Reforma

Acolhendo os alunos sem poder utilizar equipamentos eletrônicos, como computadores e projetores, durante dois anos prévios à interdição, a escola aguardava a liberação de um recurso estadual estipulado em R$ 178 mil para complementar a outra parte da verba já destinada, de R$ 150 mil.

Os recursos, empenhados ainda em 2019, foram insuficientes para cobrir os gastos com a reforma, encarecida com os atos de vandalismo registrados na escola que agregaram despesas adicionais para a recolocação de vidros e reparos no prédio administrativo. “Pelo encarecimento do material [de construção], não tem mais condições para retornar neste ano para o prédio”, afirmou Marcelino ao O Nacional na segunda-feira (14). “Infelizmente, isso tem provocado evasão e prejudicando o desenvolvimento da educação dessa comunidade”, observou o dirigente sindical.

Incluída nos projetos do programa Avançar na Educação, cuja expectativa é padronizar as escolas gaúchas selecionadas para receber os R$ 1,2 bilhão destinados pelo Governo do Rio Grande do Sul, a Escola Lucille Fragoso de Albuquerque aguarda a continuidade no projeto de reforma entregue para solucionar os problemas no cabeamento elétrico. “Se dialogou tudo o que se podia dialogar. É importante, agora, que os atores que se envolveram desde o início cobrem do governo”, disse o diretor do 7º Núcleo do CPERS.

Até o fechamento da edição impressa, a 7ª Coordenadoria Regional de Educação não havia retornado o contato feito pela reportagem do ON.

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