O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 acontece neste domingo (20) em todo o país nas modalidades impressa e digital, com aplicação de conteúdos de Ciências da Natureza e Matemática.
Em todo Brasil, em mais de 1,7 mil municípios, cerca de 3,4 milhões de estudantes irão realizar a prova, enquanto Passo Fundo recebe 3,4 mil dos inscritos. O primeiro dia de prova, no último domingo (13), teve a participação de 2.490.880 estudantes, número que corresponde a 73,3% dos inscritos. Esse é considerado o segundo menor Enem desde 2005.
Com o domingo de prova se aproximando, confira o que mais costuma ser cobrado em cada uma das avaliações, em levantamento organizado e atualizado anualmente pelo pré-vestibular Fleming Medicina.
Ciências da natureza e suas tecnologias
A prova de Ciências da Natureza costuma ter um bom equilíbrio entre as questões de Física, Biologia e Química, passando, às vezes, por conhecimentos interligados dessas disciplinas. Em Biologia, deve-se dar muita atenção à Ecologia, que é o conteúdo mais incidente, ao lado dos mecanismos evolutivos e da transmissão das características hereditárias. Em Química, deve-se cuidar a Química Orgânica, as forças intermoleculares e suas consequências para a propriedade das substâncias e dos compostos orgânicos e inorgânicos. Na Física, o conteúdo mais incidente é o de Mecânica, com várias questões sobre as causas dos movimentos de partículas, objetos, pessoas e corpos celestes. Outro assunto que costuma ser incidente é o dos fenômenos da ondulatória e do eletromagnetismo.
Química inorgânica e Físico-Química: 10 a 11 questões
Temperatura, calor, máquinas térmicas, fenômenos ondulatórios e ópticos: 6 a 7 questões
Ecologia, Epidemiologia e saúde humana: 5 a 6 questões
Química orgânica e Bioquímica: 4 a 5 questões
Citologia, Bioenergética, Genética e Evolução: 4 a 5 questões
Seres vivos, fisiologia, biotecnologia e imunologia: 4 a 5 questões
Movimentos, forças, energia mecânica e colisões: 4 a 5 questões
Matemática e suas tecnologias
Em Matemática, as operações fundamentais e os aspectos práticos de sua aplicação correspondem a cerca de 40% do total da prova. Para acertar tais questões, é necessário interpretar situações-problema a fim de encontrar soluções para situações comuns do cotidiano. Os conhecimentos de geometria plana e espacial são explorados sobretudo no cálculo de perímetros e áreas de superfícies planas e volumes de sólidos, junto a leitura de gráficos e tabelas. Na parte de Estatística, é importante conhecer como se determinam médias, medianas e modas. Mesmo sem pedir o cálculo de variância e de desvio-padrão, é exigido que o aluno compreenda os conceitos como medidas de dispersão em distribuições. Em probabilidade, aparecem algumas das questões mais complexas da prova, junto com a Álgebra e a Geometria Analítica.
Contagem, progressões, operações fundamentais e análise combinatória: 8 a 9 questões
Álgebra e Geometria Analítica: 8 a 9 questões
Perímetros, áreas e volumes: 7 a 8 questões
Relações de variação entre grandezas: 5 a 6 questões
Estatística e probabilidade: 5 a 6 questões
Noções de espaço e representação, reconhecimento de formas, unidades de medida e escalas: 5 a 6 questões
Gráficos e tabelas: 4 a 5 questões
Entender a TRI ajuda na pontuação
As provas costumam ter um padrão, ao qual os alunos podem se basear para conseguir desempenho satisfatório, além da compreensão dos critérios da avaliação que desde 2009 é feito a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI), onde se observa a coerência pedagógica do seu padrão de respostas.
Dessa forma, questões mais fáceis devem ter prioridade de resolução quando comparadas com questões mais difíceis, que devem ser puladas e retornadas posteriormente, se houver tempo. “Acertar um item difícil tendo errado os fáceis implicará baixa pontuação devido à incoerência no padrão de respostas. Acertar itens fáceis e errar os difíceis garante maiores proficiências”, aconselha o professor Francis Madeira, do pré-vestibular Fleming Medicina.