Primeiro dia da FECIT reúne mais de 1,7 mil estudantes

Festival de Ciência, Inovação e Tecnologia apresenta projetos desenvolvimentos pela Educação Infantil e o Ensino Fundamental do município

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Festival transforma olhares e aguça a curiosidade das crianças. (Foto: Michel Sanderi) Festival transforma olhares e aguça a curiosidade das crianças. (Foto: Michel Sanderi)
Festival transforma olhares e aguça a curiosidade das crianças. (Foto: Michel Sanderi)
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Com a energia e a alegria que só as crianças carregam, os protagonistas do dia de ontem (22) foram os estudantes da Educação Infantil de Passo Fundo, contando ao público o que suas mãos e olhos curiosos desenvolveram durante o ano letivo de 2022. Reunindo mais de 1,7 mil alunos na faixa dos cinco anos no Play Center do Clube Juvenil, o primeiro dia do Festival de Ciência, Inovação e Tecnologia (FECIT) movimentou toda a comunidade escolar para a troca de experiência e conhecimentos acerca de projetos e iniciativas promovidas pelas escolas municipais de Educação Infantil.


Transformando olhares 

Desde a conscientização sobre a doação de órgãos até ao cuidado com o meio ambiente, a Educação Infantil apresentou durante toda a terça-feira iniciativas pedagógicas que transformaram os olhares dos pequenos acerca de acontecimentos do cotidiano. Na Escola Santa Isabel, os animais e a natureza se tornaram exemplos práticos de como trazer a comunidade e a família para dentro dos portões. “Um dos projetos que trazemos aqui para a FECIT é a Sacola Literária, com o ‘Conta para mim’, onde os alunos confeccionaram sacolas e levaram um livro infantil para casa. Eles leem junto com a família e produzem um desenho da história, que com as artes dos colegas formam um novo livro”, relatou a coordenadora da Escola Santa Isabel, Angela Biff. 

Com três projetos expostos no Festival, a escola Santa Isabel ainda trabalha a importância da doação de órgãos a partir do livro “Tartaruginha”. Na história, uma tartaruga sofre um acidente e quebra o seu casco. Apesar de seus amigos tentarem ajudá-la, só a doação de um casco de uma tartaruga que foi “para o céu", salva a sua vida. “Os alunos fizeram toda uma pesquisa sobre as tartarugas, construíram uma tartaruga em feltro, com materiais recicláveis, argila, cascas de ovo e garrafas PET para entender não apenas sobre a doação de órgãos, mas sobre doar o que você tem. Entender sobre doenças e do que somos feitos”, conta a coordenadora. 

Como finalização das atividades, as crianças construíram um “Relógio da Natureza”, com inspiração no relógio do corpo humano e a medicina chinesa, que indica os horários adequados para consumirmos cada tipo de chá. Ao lado dos pais, que indicaram as plantas que mais usam em casa, os pequenos construíram vasos com as plantas medicinais. “São sabores, cores, aromas, texturas. É o contato e o manuseio com a terra”, refletiu Angela, contando que após o plantio e desenvolvimento da planta, os alunos tomaram o chá e produziram um picolé com a sua essência. “Nós temos uma visão na escola que é captar olhares para ações que transformam e humanizam. Ou seja, que a criança vivencie e experimente para que aquilo faça sentido para ela. Só faz sentido se está no cotidiano dela, por isso a gente traz a família. Aquilo se torna real”, completou.


O cuidado com o meio ambiente 

A mesma ideia atravessa a Escola Padre Alcides, que desde 2021 trabalha com abelhas nativas sem ferrão. Com quatro comunidades das espécies Manduri, Mandaçaia, Mirim e Jataí, as crianças estão diariamente em contato com natureza. “Aqui no Festival elas estão explicando tudo que elas aprenderam. Aqui, as abelhas não estão para se tornarem mascotes. Elas têm fins pedagógicos e de preservação do meio ambiente”, relatou a diretora da Escola Padre Alcides, Gerusa Zanotto. 

A partir de uma horta e de canteiros cultivados na escola, as crianças aprenderam quais são as flores preferidas das abelhas, provocando também a conscientização da comunidade acerca do cuidado com as abelhas. “Para que a comunidade não as matem e plantem mais flores. Como elas são abelhas sem ferrão, qualquer pessoa pode ter elas. Elas só trazem benefícios”, contou a professora, acrescentando que diariamente uma turma fica responsável por cuidar das hortas e das abelhas, verificando se estão bem e precisam de algum cuidado especial. “Os pais ficaram receosos inicialmente por serem abelhas, mas agora as crianças dão um show. Trabalhamos isso desde pequenos para que eles cresçam com essa mentalidade de preservação”, completou, lembrando que o cuidado com as abelhas é uma forma de trabalhar o cuidado com o planeta terra. 


FECIT

O 1º Festival de Ciência, Inovação e Tecnologia é uma oportunidade para que a comunidade conheça iniciativas trabalhadas dentro dos projetos pedagógicos da Cultura Digital, Pensamento Científico e Cidadania Global, que começaram a rodar em 2022 e estão em processo de aprimoramento e apropriação por todas as escolas municipais de Passo Fundo. O evento segue até a sexta-feira (25), com entrada aberta ao público, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h. No dia de hoje (23) os alunos do Ensino Fundamental também irão estar presentes no Festival.

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