Passo Fundo sediou a etapa regional da Mostra Científica promovida pela a Secretaria da Educação (Seduc) e a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sicat). A Mostra realizada no Centro de Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF) contou com a participação de mais de 400 estudantes dos 32 municípios de abrangência da 7º Coordenadoria Regional de Educação (7ªCRE).
Segundo a coordenadora da 7 ª CRE, Carine Weber, são estudantes de 121 escolas que apresentam trabalhos voltados ao tema “Sustentabilidade e tecnologia para transformar”. “A gente tem uma pequena mostra nessa etapa regional dos trabalhos que foram produzidos pelos estudantes dos anos iniciais, finais ensino médio e também da educação profissional, então é um momento de encontro, de festa, de apresentações culturais, mostra de fotografia dos estudantes e professores e uma mostra de telas dos nossos estudantes”, contou.
Após a abertura da Mostra, os representantes puderam conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e contribuir como avaliadores. “Os trabalhos são proposições dos nossos estudantes de soluções e para transformação do nosso planeta tendo em vista a importância da gente abordar as questões da sustentabilidade nas escolas”, disse Carine.
Produção que faz diferença
Os irmãos gêmeos Eduarda e Pedro Augusto Taborda da Escola Estadual Técnico Agrícola da cidade de Guaporé exibiam na Mostra alimentos sustentáveis produzidos em agroindústria. “Na nossa escola temos vários setores e um deles é a agroindústria onde são produzidos alimentos com o leite da vaca que a gente retira pela manhã, com as frutas que a gente recolhe dos viveiros assim a gente aprende bastante coisa não só na parte de agroindústria, mas também em outros setores com dos animais”, disse Eduarda.
Já os alunos da Escola Estadual Ernesto Tocchetto apresentaram três trabalhos voltados à tecnologia e robótica. “Desenvolvemos um carrinho elétrico que ligado com um computador, por meio do wi-fi, outro projeto que envolve ciência, sendo multidisciplinar, é a representação de como as substâncias psicoativas afetam os neurônios da pessoa, utilizando um mecanismo de robótica para mostrar como ele afeta o organismo. E por último os alunos criaram os vibrobots, nós retiramos o vibracall de celulares reciclados e pegamos essa peça para fazer micro robozinhos, que ficam ligados a uma bateria de 9 volts”, explica a professora da escola Ernesto Tocchetto Natalia Cristine Ficanha.
Há cerca de três meses os alunos vêm trabalhando no desenvolvimento dos projetos na escola. “Foi uma experiência muito legal, gosto muito de tecnologia, é uma coisa que gosto de fazer e principalmente com meus amigos”, disse o estudante Guilherme Augusto da Silva de 15 anos.
De acordo com a professora, trabalhar no desenvolvimento dos projetos contribuiu para que os estudantes enxergassem seu potencial. “As alunos que estão na aula regular estão um pouco desmotivados pela própria disciplina e o dia a dia deles, com eles se envolvendo nesse tipo de trabalho, conseguem ver o potencial que eles têm por trás de tudo isso. São alunos que às vezes se acham ruins, mas tem um potencial enorme e estão aqui representando a escola, se desafiando e entendendo que é possível”, afirmou a professora.
Trabalhos não se limitam à ciências da natureza
Os trabalhos apresentados na Mostra não se limitam às ciências da natureza, pois segundo a coordenadora da 7ª CRE os estudantes foram estimulados a buscar soluções para os problemas reais das escolas e das comunidades, por isso muitos projetos envolvem áreas de matemática, ciências sociais e humanas.
O trabalho apresentado pelos alunos da Escola Estadual Mário Quintana é voltado para a promoção da leitura. Conforme a professora de português, Adiles Moreira, a escola possui o “Clube do Mário” onde os estudantes participam todas as quintas-feiras de oficina de leitura. “A professora Gi desenvolveu um aplicativo e a gente trouxe para apresentar porque por meio dele é possível acessar os livros que são divididos por gêneros como de poesia, romance, aventura, sabedoria e autoconhecimento e eles também podem acessar fórmulas. A gente desenvolveu o cartão de visitas onde você manda no celular do aluno ou professor e ao clicar ele acessa os livros que estão disponíveis para leitura, além disso, ele redireciona para e os sites da Árvore do Livro que é do Estado e do Elefante Letrado”, disse.
Conforme a professora Adiles o trabalho com o Clube do Livro tem conquistado os estudantes. “Vemos muita diferença nos alunos, quando desenvolvemos o Clube tínhamos 10 inscritos, hoje a gente tem 40 e mais 22 aguardando vaga. Então a gente cresceu e vem estimulando a leitura que é fundamental para o desenvolvimento deles”, comentou.
Etapa final
A Mostra Científica contempla estudantes de três categorias: ensino fundamental I (anos iniciais), ensino fundamental II (regular, integral e Educação de Jovens e Adultos) e ensino médio (regular, integral e Educação de Jovens e Adultos). Na etapa regional serão selecionados um trabalho de cada categoria para a fase estadual que ocorre no mês de novembro.
