O ex-governador Eduardo Leite anunciou a sua pré-candidatura ao governo do Estado na tarde de ontem (13) durante evento do PSDB. O comunicado foi feito ao lado do atual governador, Ranolfo Vieira Júnior, que em março assumiu o cargo após Leite renunciar para tentar a candidatura à presidência. Até o momento, o Rio Grande do Sul tem 12 pré-candidatos ao governo.
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Eduardo Leite fez o anúncio na sede do diretório estadual do PSDB, em Porto Alegre. Na ocasião, ele comunicou aos gaúchos e gaúchas que é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, aceitando novamente o desafio de liderar o projeto. "Adversários com posições populistas me fizeram entender que eu deveria colocar o coletivo na frente do individual e que era preciso ouvir mais vozes e não somente a minha própria voz", afirmou o ex-governador. “Eu mudei de opinião, mas não mudei de princípios. Por isso, eu disse que a renúncia me abria todas as possibilidades, não me retirava nenhuma”, acrescentou.
Candidatura de Ranolfo
Segundo Eduardo Leite, a decisão foi tomada junto ao partido e ao atual governador Ranolfo Vieira Júnior, que estava entre os nomes cotados para o Palácio Piratini e seria o candidato do partido para a sucessão. Antes de Leite fazer seu pronunciamento, Ranolfo declarou que não se move por vaidades pessoais e que este é o momento de concluir o governo com absoluto êxito. “Não podemos sequer imaginar a possibilidade de uma ruptura, de um retrocesso. (...) Me honraria muito a possibilidade de dar prosseguimento, mas, nas conversas, entendemos que o nome do Eduardo Leite, nesse momento de polarização no cenário nacional, é o melhor para o projeto”, afirmou o governador que abriu mão de sua pré-candidatura.
Trajetória até a pré-candidatura
Durante sua carreira, Eduardo Leite deu várias declarações sobre ser contra a reeleição e que não concorreria a um segundo mandato no Estado. Com esse cenário em vista, no final de março Leite renunciou ao cargo para concorrer à presidência, dado o período de seis meses exigidos pela lei eleitoral para os interessados deixarem seus postos, a não ser que disputem o mesmo cargo. No entanto, o gaúcho ficou em segundo lugar nas prévias do PSDB, perdendo para o ex-governador de São Paulo, João Doria, em novembro do ano passado.
Durante o mês de abril, com Doria não desistindo da corrida presidencial, Eduardo Leite começou a se concentrar novamente no Rio Grande do Sul. Contudo, no mês de maio, João Doria desistiu de sua pré-candidatura às eleições presidenciais, afirmando que, apesar de ter sido escolhido nas prévias do PSDB como pré-candidato à presidência da República pelo partido, ele entendeu que não era “a escolha da cúpula do PSDB”.
Mesmo sem um anúncio formal, desde 22 de abril Eduardo Leite tem atuado na prática como pré-candidato ao governo do Estado, quando divulgou uma carta desistindo de ser candidato à Presidência.
Até o momento, ele não possui chapa estabelecida, contudo, um dos nomes cotados para vice-governador junto a Eduardo Leite seria o deputado estadual Gabriel Suza (MDB-RS), que é no momento pré-candidato a governador. Isso porque o PSDB anunciou uma aliança com Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República em troca de apoio do MDB a Eduardo Leite, em sua disputa pelo governo do Estado. Na sexta-feira (10), no entanto, Gabriel afirmou que sua pré-candidatura está mantida pelo partido e não sofrerá alterações.
Pré-candidatura nacional
A aliança nacional do PSDB com o MDB e Cidadania foi aprovada na última quinta-feira (9), tendo a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como pré-candidata à Presidência da República. Pelo acordo firmado, o PSDB indicará o vice, que tem como nome principal o senador Tasso Jereissati (CE).
Os 12 nomes para o Estado
Ao todo, são 12 nomes a pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul, sendo eles Beto Albuquerque (PSB), Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Gabriel Souza (MDB), Luis Carlos Heinze (PP), Marco Della Nina (Patriota), Onyx Lorenzoni (PL), Pedro Ruas (PSOL), Rejane de Oliveira (PSTU), Ricardo Jobim (Novo), Roberto Argenta (PSC) e Vieira da Cunha (PDT).