Candidatos ao Piratini: Vicente Bogo e Vieira da Cunha

Nesta série de reportagens, o Jornal O Nacional passa a apresentar os candidatos ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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A série de reportagens produzidas pelo Jornal O Nacional sobre o perfil e propostas dos candidatos ao Piratini encerra hoje (13) com Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).


Vicente Bogo (PSB) pretende investir no ensino integral, técnico e profissionalizante 

Foto: Divulgação/Jornal do Comércio

Candidato pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Vicente Joaquim Bogo tem 65 anos e concorre ao lado da professora de ensino médio Josi Paz (PSB), de 43 anos, formando uma chapa pura. Natural de Rio do Oeste (SC), Vicente Bogo é graduado em filosofia, ciências e matemática, e pós-graduado em educação, filosofia política e sociologia. Já foi professor, vereador, deputado federal constituinte, vice-governador do Rio Grande do Sul e presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul.


Por um Rio Grande bem mais humano 

Com foco em uma educação emancipadora, uma saúde inclusiva e na segurança e geração de empregos da população gaúcha, Vicente Bogo apresenta em seu Plano de Governo seis eixos transversais: educação; saúde; meio ambiente; desenvolvimento econômico; qualidade de vida com igualdade e segurança; e por fim, gestão. A partir deles busca cumprir a missão de fortalecer o Rio Grande como um Estado máximo, com “desenvolvimento socioeconômico integrado, criativo, sustentável e com qualidade de vida para toda a população”, lutando “por um Rio Grande bem mais humano”.

Na educação, propõe a expansão do ensino integral, técnico e profissionalizante, com fortalecimento da educação na zona rural. Somado a isso, traz o apoio ao pequeno agricultor e à agricultura familiar, prevendo a revisão da legislação ambiental e o aumento das Unidades de Conservação no Estado.

Busca a qualificação de mão de obra e o fomento ao microempreendedorismo, a economia solidária e a indústria criativa. Além da ampliação do Parque Industrial Gaúcho e a melhoria da infraestrutura rodoviária do Estado. Na gestão, quer a “soberania financeira gaúcha”, com o resgate da participação política e do Orçamento Participativo RS como “referência em transparência, comunicação e ética”, em uma gestão descentralizada e compartilhada com municípios e sociedade.

Na segurança, levanta a pauta de uma formação policial com “abordagens humanizadas” e a reforma do sistema carcerário. 


O que Vicente Bogo diz sobre a privatização 

Em seu Plano de Governo, Bogo não apresenta propostas ou posicionamentos referentes à privatização. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o candidato disse que não pretende privatizar o Banrisul e sim usá-lo como ferramenta estratégica da economia estadual. Nesse sentido, avalia a retomada de consultas públicas para discussão de privatizações e outras medidas para o Estado. 


Vieira da Cunha (PDT) foca candidatura na educação, saúde e gestão do Estado 

Foto: Divulgação

Concorrendo pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Vieira da Cunha, 62 anos, tem como vice a professora passo-fundense Regina Costa dos Santos (PDT), 40 anos, concorrendo pela chapa PDT/AVANTE. Vieira da Cunha é natural de Cachoeira do Sul e formado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na carreira política, já foi vereador de Porto Alegre, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e deputado federal duas vezes. Promotor de Justiça do Estado, também foi presidente nacional do PDT e secretário de Educação do Estado. 


Da educação aos direitos dos animais 

Com um Projeto Gaúcho de Desenvolvimento (PGD), Vieira da Cunha apresenta seu Plano de Governo com o propósito de alinhar a “responsabilidade fiscal à social e econômica, promovendo o desenvolvimento sustentável com geração de emprego e renda e maior igualdade entre as regiões do estado". Baseado em 28 áreas, o candidato tem propostas voltadas à educação; saúde; segurança pública; gestão; finanças públicas; agropecuária; indústria, comércio e serviços; turismo; desenvolvimento regional; inovação, ciência e tecnologia; relações internacionais; energia; água e saneamento; meio ambiente; emprego e renda; assistência social e habitação; cultura; esporte e lazer; justiça e direitos humanos; mulheres; diversidade; étnico-racial; juventude; crianças e adolescentes; pessoas com deficiência e acessibilidade; e direitos dos animais.

Ao todo, são 40 propostas na área da educação, nas quais estão envolvidas o ensino em tempo integral com a meta de 200 mil anos inseridos nesta modalidade, priorizando as regiões de maior vulnerabilidade social. Além da ampliação e fortalecimento do EJA, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e a busca pela superação do déficit educacional, inserção no trabalho e incentivo ao empreendedorismo da juventude gaúcha.

Na saúde, pretende reformular o Programa Estadual de Incentivos para Atenção Primária à Saúde (PIAPS), em parceria com os municípios, aliado à reorganização das referências regionais de saúde e a realização de diagnóstico da crise no IPE Saúde.

Na tangente das finanças, vai questionar, judicialmente se necessário, o acordo para pagamento da dívida com a União estabelecido pelo Regime de Recuperação Fiscal. Irá fortalecer o Badesul, envolvendo-o em diferentes propostas e esferas de desenvolvimento, inclusive na concessão de linhas de crédito para startups com sede no Rio Grande do Sul. Somado a isso, pretende desenvolver estratégias de Expansão Produtiva do Empreendedorismo e das Micro e Pequenas Empresas (MPE).

Quer fortalecer o Irga e a Emater, com a valorização da extensão rural e a proposição de uma lei de incentivo à geração de energia renovável no RS. Na esfera da segurança, traz a retomada do modelo comunitário de ação policial e a regionalização dos presídios, aproximando os apenados do meio familiar.


O que Vieira diz sobre a privatização 

Vieira da Cunha é contra o processo de privatizações e propõe a interrupção e a realização de plebiscitos para consulta pública sobre futuras privatizações. Acompanhado disso, quer fortalecer e aprimorar a gestão das estatais como Corsan, Banrisul e CRM, “prestando serviços com eficiência e qualidade aos gaúchos”.

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