Dando sequência à série de reportagens sobre os candidatos que concorrem ao cargo de deputado federal, na edição de hoje (20) apresentamos os motivos que levaram Ingra Costa e Silva (PSOL), Israel Kujawa (PT) e Badaco (AVANTE) a se candidatarem em Passo Fundo. Em contato com o Jornal O Nacional, os três candidatos responderam a pergunta “Por que eu quero ser Deputado Federal?”.
Inicialmente, 11 passo-fundenses concorriam ao cargo de deputado federal, no entanto, na última semana, Iriel Dallacort Sachet (Podemos) desistiu de sua candidatura. Agora, seguem na corrida Ada Cristina Munaretto (PL), Abdias Felipe Franco (AVANTE), Cesar Elizandro Bilycz de Camargo (PDT), Claudete Aparecida Ferreira Neves (PSDB), Ingra Costa e Silva (PSOL), Israel Kujawa (PT), José Nelson Monteiro da Silva (PSC), Luciane Borowsky (União Brasil), Luciano Palma de Azevedo (PSD) e Viviane Paula da Silva Pinto (PP).
Ingra Costa e Silva (PSOL)
“Minha luta é coletiva, por uma sociedade plural”
Ingra é jornalista pela Universidade de Passo Fundo (UPF), membra fundadora do coletivo LGBT “Plural” e professora na Emancipa Mulher, escola feminista e antirracista de Passo Fundo. Em cargos políticos, concorreu pela primeira vez como vereadora em 2020, sendo uma das candidatas mais votadas na história do partido em Passo Fundo. Por questões de legenda, não foi eleita.
“Não estou como candidata a deputada federal em razão de um projeto pessoal a ser conquistado, ou um sonho antigo. Acredito que motivos como esses são individuais e minha luta é coletiva, por uma sociedade plural. Para mim, política é tarefa, e fazer parte do Congresso Nacional vai muito além de realizações particulares. Ocupar esse lugar tem a ver com construir um espaço feito por e para mulheres, classe trabalhadora, comunidade LGBT+ e para o povo de terreira. Para os que só sobrevivem com o sistema de saúde universal, para os que precisam das políticas públicas para acessar a educação, e para todos aqueles e aquelas, que de alguma fora, tiveram seus direitos negligenciados pelo Estado – ou sequer foram enxergados(as) por ele. A nossa luta é todo dia, e é por ideal. E chamo de nossa, pois a candidatura a deputada federal não é minha, mas de todas e todos que acreditam que uma outra sociedade é possível.”
Israel Kujawa (PT)
“Ser candidato a Deputado Federal é liderar um movimento em favor da construção de um novo ciclo”
Formado em filosofia, mestre em educação, doutor e pós-doutor em psicologia, Kujawa é professor da rede básica de educação do Rio Grande do Sul e atualmente ministra aulas no Instituto Cardeal Arcoverde. Já atuou como Secretário Municipal da Habitação e do Planejamento e concorreu a um cargo eletivo pela primeira vez em 2020 na Câmara de Vereadores.
“Desde a infância me orientei por dois valores, que são a busca por justiça e por conhecimento. Depois de concluir o ensino médio trabalhando na roça e percorrendo 12 km por dia, saí do interior de Casca e passei a morar em Passo Fundo onde me tornei professor em 1992. Tenho uma história envolvida com movimentos sociais e com os sindicatos, participei do sindicato da Saúde, do CPERS e da CUT. Em 2020, me apresentei pela primeira vez para uma disputa eleitoral na política e me tornei suplente de Vereador. Em 2022, sou candidato a Deputado Federal para lutar por justiça e por educação, valores que me acompanham desde a infância. Ser candidato a Deputado Federal é liderar um movimento em favor da construção de um novo ciclo, de uma nova sociedade, onde as pessoas sejam valorizadas, onde as pessoas tenham renda, alimentação, habitação, saúde, educação e cultura.”
Badaco (AVANTE)
“Sem representatividade política, a cidade e região ficam sem receber verbas importantes”
Conhecido como Badaco, Abdias Felipe Franco é bacharel em Direito e empresário. Concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo em 2012 e nas eleições do ano de 2016 assumiu como suplente, sendo empossado vereador em fevereiro de 2019 pelo período de 30 dias. Badaco é presidente do Avante municipal e coordenador do ProArmas na região de Passo Fundo.
“Quero ser deputado federal para que Passo Fundo tenha um representante na Câmara dos Deputados, pois há anos a cidade não é representada por um parlamentar daqui, que conhece as demandas da nossa comunidade. Sem representatividade política, a cidade e região ficam sem receber verbas importantes que poderiam contribuir para resolver problemas críticos em infraestrutura, como, por exemplo, os trevos de acesso às cidades; ainda, investimentos em áreas essenciais como saúde, no caso dos atendimentos especializados, educação e segurança. Como deputado federal, vou fazer um mandato baseado no diálogo e na transparência, com projetos que impactem a vida dos gaúchos. É importante que o eleitor vote em um candidato da cidade, identificado com os problemas locais e regionais, que seja Bem Daqui.”
