A eleição no Rio Grande do Sul foi considerada emblemática e com inúmeros contrapontos em relação às pesquisas. De acordo com o pós-doutor em Sociologia e professor na Atitus Educação, Jandir Pauli, no Estado a direita drenou mais votos no candidato Onyx Lorenzoni (PL), que está com mais força neste momento. Mesmo assim Edegar Pretto (PT) ultrapassou a barreira dos votos que o partido geralmente tinha. A surpresa negativa ficou por conta da perda de votos do Eduardo Leite (PSDB), que quase não sustentou a ida para o 2º turno. “O PT cresceu no Rio Grande do Sul e em Passo Fundo especialmente, onde Eva Valéria Lorenzato fez uma boa votação, em contrapartida alguns candidatos de direita antes preteridos não entraram, foi um revés da direita”.
O professor explica que a tendência no Estado é de que grande parte dos votos de Pretto migrem para Eduardo Leite. “No país de um lado forças de caráter conservador que se encontraram em torno da candidatura do Bolsonaro e Lula tentou com Alkmin criar uma lógica mais progressista. A tendência é que isso se repita no RS, em que Eduardo Leite tenderá acenar para a esquerda para angariar os votos de Edegar Pretto que vão definir a eleição”.