Pelo Piratini, Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni disputam preferência dos gaúchos

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Sendo um dos doze estados cuja definição para governador ficou para o segundo turno, o Rio Grande do Sul terá Eduardo Leite (PSDB) ou Onyx Lorenzoni (PL) à frente do Palácio Piratini pelos próximos quatro anos a partir do segundo turno das eleições gerais previstas para domingo (30). 


Onyx defende a criação de dez clínicas de especialidades

Ao contabilizar mais de 2,3 milhões de votos, representando 37,5% do eleitorado gaúcho, Lorenzoni concentrou os últimos dias de campanha na Grande Porto Alegre, assim como o adversário e ex-governador tucano. No confronto de ideais, as propostas protocoladas pelo candidato do PL e ministro-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro critica os investimentos na área da saúde durante o governo Leite e defende a criação de dez clínicas de especialidades em cidades com uma distância superior a 200km.

No último debate, responsável por colocar ambos postulantes frente a frente na Record TV RS na terça-feira (25), os ataques mútuos dispersaram por alguns minutos a apresentação de propostas. Enquanto Onyx mencionou que o adversário “renunciou e abandonou os gaúchos” para concorrer às majoritárias nacionais do partido, Leite retrucou ressaltando que o candidato do PL “renunciou à ética” ao aceitar caixa 2, prática admitida por Lorenzoni em 2020 sobre os valores recebidos e não declarados da JBS para as campanhas de 2012 e 2014. 

Ao divergir em alguns pontos sobre a redução da criminalidade no Estado, Onyx prometeu integrar as forças de segurança pública e ampliar o número de complexos penitenciários com foco em segurança máxima. O candidato, que recebeu apoio político do MDB gaúcho, disse que não irá privatizar o Banrisul e defende a elaboração de estudos para a criação de um novo modelo de cessão para a Corsan. 

Ainda que haja discordâncias nestes pontos sensíveis para ambas campanhas, são os indicadores educacionais os principais tópicos de desencontro entre os candidatos com uma acusação de fraude, sem comprovação, de dados que elevaram os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos centros escolares gaúchos. Ao interceder em favor da expansão das escolas cívico-militares no Estado, Onyx também ponderou sobre uma necessidade de educação integral. 


Leite tenta quebrar tabu na história política do RS

Indo ao segundo turno com 26,81% dos votos, que representa mais de 1,7 milhão de eleitores, Eduardo Leite colocou-se novamente no páreo pelo Governo do Estado depois das eleições que deram o primeiro mandato em 2018. Ele busca a marca histórica de ser o primeiro governador reeleito no Rio Grande do Sul. 

Ressaltando uma dificuldade orçamentária nos cofres gaúchos para justificar os atrasos nos repasses às instituições filantrópicas de saúde, o candidato tucano apresentou a intenção de criar sete espaços de saúde da mulher nas macrorregiões estaduais em locais já existentes, conforme consta no plano de governo. 

Assim como o adversário, Leite também firmou como compromisso de campanha a reformulação do IPE Saúde, que abrange 1 milhão de segurados e uma dívida superior a R$ 360 milhões. “A gente consegue expor algumas propostas, é claro, mas eventualmente o debate desaba para outros caminhos. O adversário insiste em falar da eleição nacional, ela é importante, o Brasil é importante, mas são duas eleições no próximo domingo e o primeiro voto é para governador. Primeiro, se escolhe o governador do Estado, primeiro vem o Rio Grande. O Brasil vem em seguida”, falou Leite na saída do debate. 

Reunindo o apoio do PT do Rio Grande do Sul pelo “voto crítico”, o ex-governador lidera a pesquisa de intenção de votos com 49% contra 45% de Onyx, de acordo com a coleta de informações realizada pela Real Time Big Date de 24 a 26 de outubro. Pela margem de erro, contudo, ambos candidatos permanecem em empate técnico neste segundo turno. 

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