SAÚDE EM FOCO - Hospital São Vicente de Paulo: Tecnologia e humanização na vanguarda do cuidado à saúde

Hospital conta com mais de 800 médicos no corpo clínico e já realizou mais de 260 cirurgias robóticas

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Com a missão de prover serviços e soluções de excelência em saúde, melhorando a qualidade de vida da população que o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) atua hoje como a maior organização do segmento de saúde do norte do Rio Grande do Sul contando com mais de 800 médicos em seu corpo clínico, 700 leitos de internação, 26 salas de cirurgia e 64 consultórios.

O HSVP conta ao todo com 4 mil profissionais sendo o hospital referência para mais de 200 municípios da macrorregião Norte e Missioneira.

De acordo com o diretor técnico médico do HSVP, Adroaldo Mallmann, a especialização médica é importante para o sucesso dos atendimentos. “O HSVP não aceita nenhum médico que

não tenha o seu registro de especialidade junto ao Conselho Regional de Medicina, isso acontece porque o especialista na área tem condições melhores de atender ao paciente. Por isso que o corpo clínico é especializado e dentro da sua especialização age com ética, responsabilidade e os resultados são excelentes. Nosso HSVP é um hospital de excelência porque temos um corpo clínico e uma enfermagem especializada e quem ganha com isso é o paciente que vai nos procurar”, disse.


Cirurgias robóticas

Em maio deste ano o HSVP completou um ano da implantação da cirurgia robótica. Neste período, mais de 260 procedimentos foram feitos com o auxílio do robô CORI de segunda geração e com apoio do Versius. O uso da tecnologia representa um marco para a saúde ao oferecer maior precisão, qualidade e resultados mais efetivos aos pacientes. A primeira intervenção robótica foi realizada em 26 de maio de 2022 pelos cirurgiões André Kuhn e Osmar Valadão Lopes Júnior, integrantes do Serviço de Joelho do HSVP e da Clínica IOT.

Parte da equipe de médicos, enfermeiros e técnicos que participou das primeiras cirurgias robóticas com o Versius


Os procedimentos ortopédicos têm como predominante o público dos 46 aos 87 anos, com diagnósticos de sequelas pós-traumáticas ou artrose degenerativa. O resultado é considerado positivo e foi reconhecido na Inglaterra pela fabricante do robô. “Recebi da empresa Smith e Nephew uma placa que enaltece a minha performance individual como sendo o profissional que, em menor período de tempo, realizou o maior número de cirurgias com o equipamento na América Latina. Essa conquista foi possível graças ao suporte do Hospital e de toda a equipe que está interessada em acompanhar a evolução e o futuro da medicina”, disse o Dr. Kuhn.

Vislumbrando avanços em outras áreas, em março de 2023, o HSVP anunciou a chegada de um segundo robô, chamado Versius. O equipamento da empresa britânica CMR Surgical foi adquirido para auxiliar os profissionais da ginecologia/pélvica, coloproctologia, rologia, cirurgia

torácica, oncológica e geral. A estreia dele aconteceu um mês depois, durante uma colectomia em 19 de abril. O cirurgião Milton Bergamo, que também preside o Comitê de Robótica do HSVP, lembra que o hospital foi a primeira instituição do interior do Estado a contar com dois robôs cirúrgicos. “Com 20 anos de evolução da tecnologia robótica no mundo, apenas 1% das cirurgias são realizadas desta forma na América Latina enquanto que nos Estados Unidos já somam 19%. Temos um potencial enorme de crescimento e o HSVP está de parabéns por ter investido primeiro em duas plataformas robóticas”, afirmou o Dr. Bergamo.


Tempo de internação é menor em cirurgias robóticas

Segundo o diretor técnico médico do HSVP, a cirurgia robótica é uma operação feita com a assistência de um robô, por isso em nenhum momento o equipamento opera sozinho. Todas as manobras, executadas por ele em sala cirúrgica, são dirigidas por um cirurgião. “É o humano que comanda o processo do início ao fim junto à sua plataforma. Ao invés do médico estar com a mão na pinça, é o robô quem faz os movimentos durante a cirurgia. Isso é extraordinário porque a máquina não treme, é mais lenta e precisa”, disse.

Mallmann destaca que o menor tempo de internação é um dos principais benefícios da cirurgia utilizando robôs. “A finalidade é de melhor precisão do ato cirúrgico, melhor resultado do ponto de vista de sangramento, risco menor de infecção e menor tempo de internação. Sabemos que esses procedimentos são extremamente exatos, pois o cirurgião faz a programação do robô e ele faz o ato cirúrgico, o cirurgião está junto, mas quem faz as alterações, ressecções, suturas abdominais é o robô e a vantagem disso é que todo o ser humano tem às vezes discretos tremores e com o robô isso não acontece não existe isso, mas as cirurgias robóticas trazem resultados fantásticos de tempo de internação, assim como as sequelas que podem surgir são infinitamente menores em relação ao feito com o cirurgião, devido ao manuseio milimétrico que o robô realiza. Mas lembro de que o robô só funciona com o cirurgião junto com ele”, pontua.

O presidente do HSVP, José Miguel Rodrigues da Silva, explica que o trabalho de recuperação é multiprofissional, contando com uma equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. “Não basta oferecermos a melhor cirurgia, nós também prezamos por atendimento humanizado, cuidados clínicos eficientes e uma recuperação tranquila. Avançamos muito e agora comemoramos um ano de cirurgia robótica, que é um caminho sem volta e temos muito ainda a conquistar com a ajuda da tecnologia e a disposição do nosso corpo clínico e dos colaboradores”, finalizou José Miguel.


Robôs em operação do HSVP

O robô CORI foi adquirido pelo HSVP para ser utilizado em cirurgias artroplastia total de joelho e futuramente em procedimento de quadril. Com o uso de uma câmera fixada na articulação e de sensores no joelho, o equipamento robótico de segunda geração transmite em um monitor a tomada exata de medidas da área a ser operada guiando o trabalho médico. A redução da agressão cirúrgica e, consequentemente, do sangramento, são dois grandes benefícios observados com o uso deste equipamento.

Outro equipamento adquirido pelo HSVP, o Versius, é uma das últimas plataformas lançadas no mercado mundial, sendo um dos sete robôs existentes no Brasil. Por ter uma estrutura compacta e móvel, ele atende as particularidades de diferentes especialidades, permitindo que a sua tecnologia seja acessada por um número maior de pessoas. Hoje, este equipamento realiza cirurgias nas regiões do abdome com técnicas minimamente invasivas, redução de risco de infecções e um pós-operatório mais rápido..

Parte da equipe de médicos, enfermeiros e técnicos que participou das primeiras cirurgias robóticas com o Versius


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