Empate em casa por 1 x 1 de Passo Fundo contra o Milan de Júlio de Castilho resulta na demissão de Paulo Sérgio Poletto e toda a sua comissão técnica
Marcelo Alexandre Becker/ON
O time do Esporte Clube Passo Fundo entrou em campo na noite de ontem, no Vermelhão da Serra disposto a apresentar um bom futebol, vencer o Milan de Júlio de Castilho, e assim esquecer a goleada sofrida na primeira rodada da Segundona para o Juventus, quando o Tricolor apanhou por 5 x 1. E isso realmente aconteceu, mas só no primeiro tempo. Na etapa inicial o Passo Fundo massacrou o Milan, criou várias chances de gol, mas conseguiu tirar o zero do placar apenas 46 minutos, quando Vainer, que chamou para si a responsabilidade, acertou um belo chute em cobrança de falta. Mas no segundo tempo a coisa mudou. O time, até então comandado por Paulo Sérgio Poletto, que seria demitido após a partida, não conseguiu mais criar chances de gol, e assim fez com que o adversário viesse para cima. O situação começou a ficar critica quando o zagueiro Brasa foi expulso depois de receber o segundo cartão amarelo. O pior aconteceu aos 43 minutos da etapa final. Cléber, justamente o jogador que Poletto havia colocado para ocupar o setor do jogador expulso cometeu pênalti em Renato. Na cobrança o próprio Renato deslocou o goleiro Segalla e empatou o jogo. Com dois jogos, uma derrota humilhante e um empate em casa, a diretoria se reuniu e decidiu demitir não só o técnico Paulo Sérgio Poletto, mas também toda a sua equipe de trabalho, composta pelo preparador físico Marco Aurélio, pelo fisiologista Andriani Padilha. Também se desligou do cargo de diretor de futebol o Dr, Wilson, que também ocupava a função de médico do time. As demissões foram anunciadas pelo presidente Carlos Augusto Castro, após a partida.
O Jogo – Pressão total. Foi assim o primeiro tempo do Passo Fundo. Desde o apito inicial o time foi para cima do Milan, e começou a criar boas chances de gol, e desperdiçar boas chances de gol. A primeira delas aos 10 minutos, quando depois de escanteio Valdomiro cabeceou, o goleiro Manga fez grande defesa, e no rebote Márcio Galvão, também de cabeça, mandou para o gol, mas a zaga do Milan tirou em cima da linha. Só o Passo Fundo ficava com a bola nos pés, e aos 18 minutos o volante Baiano arriscou de fora da área, Manga vai no ângulo e evita o gol do Tricolor. Mais uma chance do Passo Fundo em um chute de fora da área: o zagueiro Brasa domina a bola adiantando, e solta um foguete, Manga desvia, a bola ainda bate na trave e vai para linha de fundo, quando eram jogados 30 minutos. Os jogadores do pareciam estar com o pé calibrado, e o gol só poderia sair com um chute de longa distância. Assim, aos 46 munutos, Vainer cobra falta de muito longe, a bola vai forte, na chamada “gaveta”. Desta vez o bom e muito alto goleiro Manga nada pode fazer. Passo Fundo 1 x 0 Milan.
Segundo tempo – O Passo Fundo deve ter esquecido o futebol envolvente e de posse de bola no vestiário. Estranhamente o time voltou para a etapa final sem a mesma pegada, sem a mesma disposição. Com isso, os visitantes passaram a ter o controle da partida, e assim a partida começou a ficar ruim para o Passo Fundo. Para piorar, Brasa, que já tinha recebido cartão amarelo no primeiro tempo, faz falta dura e é expulso. Para recompor o setor, Poletto escolhe o volante Cleber. Neste momento o então técnico do Passo Fundo assinava sua demissão. Quando já eram jogados 43 minutos do segundo tempo, o meia Renato entra na área do Passo Fundo pelo lado direito, ainda um pouco distante do gol, mas Cleber, afoito, dá um carrinho nas pernas do camisa 10 do Milan. O mesmo jogador que sofreu a falta, cobrou a penalidade com perfeição, empatando a partida. Depois disso o Passo Fundo ainda tentou o empate no chamado abafa, mas sem organização nada conseguiu. Fim de jogo 1 x 1.
Passo Fundo fica só no empate com Milan e toda comissão técnica é demitida
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