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Quatro jogadores da seleção desaparecem na África do Sul e levantam suspeita de deserção

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Joanesburgo - Quatro jogadores da seleção da Coreia do Norte estão desaparecidos desde terça-feira, segundo o jornal italiano ‘La Stampa’. An Chol Hyok, Kim Myong Won, Kim Kyong Il e Pak Sung Hyok já ficaram fora da lista do jogo que o Brasil venceu por 2 a 1, terça-feira, na estreia das duas equipes na Copa do Mundo, no Ellis Park, em Joanesburgo.
Os atletas podem pedir asilo político no país africano por conta do forte regime ditatorial existente na Coreia do Norte, comandado por Kim Jong II desde 1994. Os jogadores da seleção precisam provar que estão sofrendo algum risco de vida para conseguirem o visto de permanência na África do Sul.
A Federação Norte-Coreana de Futebol ainda não se pronunciou sobre o caso. Indagada, a Fifa disse que, se algo tivesse acontecido com os norte-coreanos, a federação já lhe teria comunicado. Segundo uma pessoa ligada à entidade máxima do futebol que falou com a publicação italiana, a obrigação de aviso só aconteceria em caso de lesão.
A Fifa reconhece que a situação na Coreia do Norte é bastante peculiar, mas preferiu se manter neutra até que a notícia da possível deserção se confirme. “Não podemos especular, vamos deixar o caso com as equipes de investigação”, afirmou o contato ligado à Fifa, que pediu ao jornal italiano para não ser identificado.


Medida comum com cubanos

A medida de viajar para competições esportivas e pedir asilo no país-sede é comum no esporte e ficou muito associada a atletas cubanos, que fogem do regime socialista da ilha.
Os casos mais comuns são no boxe e no beisebol. Um dos mais famosos exemplos é o astro José Contreras, que fugiu em 2002 para jogar pelo Chicago White Sox, da Liga Profissional Americana de Beisebol. Ano passado, ocorreu o caso do arremessador Aroldis Chapman, que durante um torneio na Holanda, saiu do hotel e não voltou mais.

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