Aquele abraço!

Comemorações coletivas são marca registrada da Seleção

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Na letra de ‘Chega de Saudade’, Tom Jobim e Vinícius de Moraes cantam ‘abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, que é para acabar com esse negócio de você viver sem mim’. Essa pode ser a trilha sonora da seleção brasileira. Desde a estreia na Copa do Mundo, na vitória por 2 x 1 sobre a Coreia do Norte, as cenas se repetem em todos os gols: titulares em direção ao banco para comemorar com muitos abraços com os reservas, colocando em prática o tão exaltado discurso de grupo ensinado por Dunga, que tenta dar chance a todos os jogadores, e que teve sucesso com Daniel Alves e Ramires contra o Chile.
Kléberson, presente na conquista do pentacampeonato mundial, em 2002, disse que o atual grupo lembra aquele que ficou conhecido como Família Scolari. “Vejo semelhanças entre o grupo atual e o de 2002. A dedicação e a vontade de um ajudar ao outro lembram a conquista do penta”, afirmou o jogador, que esteve em campo pela primeira vez nesta Copa contra o Chile, no segundo tempo. Gilberto foi outro que debutou neste Mundial segunda-feira.
Desde a estreia, os abraços são distribuídos a todos. Gol é sinônimo de comemoração entre os reservas, que aguardam a chegada dos titulares para a confraternização. Contra o Chile, Juan marcou um gol no lado oposto ao banco brasileiro, mas atravessou o campo para saudar os companheiros. Robinho, ao marcar o seu, aproveitou a proximidade dos reservas que se aqueciam atrás do gol chileno. E distribuiu abraços.
“O grupo todo está focado no mesmo objetivo e todos sabem da sua importância, até os que não jogam. No fim, todos ganham abraços”, brincou Grafite. “Os jogadores se gostam, lutam e vibram juntos”, disse Gomes, que teve oportunidade nos amistosos contra Zimbábue e Tanzânia, quando Júlio César foi poupado. “Todos vibram e se abraçam juntos”, completou o goleiro reserva, em discurso idêntico ao de Grafite.
“Esse grupo foi formado em três anos e meio. Basta um olhar que o jogador já compreende. Isso facilita. A maturidade desse grupo é muito boa”, afirmou Dunga, que usa a palavra grupo como um mantra.
O técnico prova que os reservas não vivem só de abraços. Contra o Chile, Felipe Melo e Elano desfalcaram o time, mas Ramires e Elano deram conta do recado. Dunga tem plena confiança nos 23 jogadores e deixa isso claro. Além das comemorações, todos os problemas são divididos e, quando superados, festejados pelo grupo.
Dunga e os titulares da seleção brasileira trocam carinhos e abraços sem ter fim e mostram para os reservas que não podem viver sem eles.

 

 

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