Em busca do sonho

De olho no título inédito, Espanha enfrenta o Paraguai, que nunca havia chegado às quartas de final, mas agora quer mais

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A Espanha chegou à Copa do Mundo como uma das favoritas, ficou bem próxima da eliminação ainda na primeira fase, mas voltou a sonhar com o título com a vitória sobre Portugal nas oitavas de final. A Fúria, no entanto, não fica entre os quatro primeiros desde 1950 e para quebrar este jejum precisa superar o Paraguai e sua forte defesa, em duelo no estádio Ellis Park, às 15h30 (de Brasília).

Campeões europeus, os espanhóis sabem, no entanto, que chegar à semifinal não será suficiente para satisfazer a ansiedade dos torcedores.

“Para nós, chegar às semifinais da Copa do Mundo não é o bastante. Não podemos ser conformistas. Se ganharmos do Paraguai nas quartas de final, temos de ir até a decisão do Mundial”, decretou o técnico Vicente del Bosque.

Apesar de jogar com três atacantes, o Paraguai tem seu forte na defesa. Até agora, em quatro partidas, os sul-americanos marcaram apenas três gols. Contra o Japão, nas oitavas, o jogo monótono só foi resolvido nos pênaltis.

Contra a Espanha, a expectativa é que o time de Gerardo Martino seja ainda mais cauteloso, pois o técnico cogita sacar um dos atacantes para reforçar o meio-campo. A preocupação com Xabi Alonso, Xavi e Iniesta é grande.

“A Espanha é uma equipe muito compacta, que vem jogando junta há muito tempo. Todo mundo sabe que eles são os favoritos. Vai ser um jogo duro. A Espanha é muito famosa por dominar muito bem a bola, e a posse de bola não estará do nosso lado como foi nos últimos dois jogos”, afirmou Roque Santa Cruz, que pode ser o escolhido para sair.

Esta equipe do Paraguai já conseguiu a façanha de chegar às quartas de final pela primeira vez em uma Copa do Mundo. Mas ninguém parece satisfeito. “Essa marca é mais para o povo do Paraguai. Somos jogadores de futebol e temos que pensar sempre em conseguir mais”, completou Santa Cruz.

 

 

Paraguai evita crítica ao árbitro

 

A indicação do guatemalteco Carlos Batres para apitar o jogo teve repercussão negativa no Paraguai, já que o juiz comandou a partida em que os sul-americanos foram eliminados pela Alemanha nas oitavas de final da Copa de 2002. Os paraguaios o acusam de ter ignorado alguns pênaltis e ainda de ter expulsado injustamente Acuña, em uma disputa de bola com Ballack. Além disso, reclamam que ele não tem experiência para trabalhar num jogo decisivo de Mundial.

O ex-goleiro Chilavert, que estava naquela partida, classificou a escalação de Batres como “vergonhosa”. O técnico do Paraguai, Gerardo Martino, se esquivou de polêmica. “Não conheço o árbitro que vai apitar o jogo”, disse, em um fina ironia sobre o fato de o árbitro não trabalhar em jogos importantes.

 

 

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