"As transformações são sempre difíceis", afirmou Mano Menezes, nesta segunda-feira, em sua apresentação como o novo comandante da Seleção Brasileira, no Rio de Janeiro. Pois, em seu primeiro dia no cargo, que já sabe ser um dos mais árduos do país, o técnico não se esquivou de dar início a essas mudanças ao convocar 24 atletas para o amistoso contra os Estados Unidos, no dia 10 de agosto, em Nova Jersey.
Mano assume a Seleção com o objetivo de construir um novo time, de olho em uma longa preparação rumo à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, após a queda nas quartas de final nas últimas duas edições. Até lá, elegeu a Copa América Argentina 2011 e o Torneio de Futebol das Olimpíadas de Londres 2012 como os outros pontos fundamentais do trabalho. Para esta nova equipe, ele chamou sete que ainda terão idade olímpica daqui a dois anos, dez que são estreantes (os goleiros Renan e Jéfferson, o lateral Rafael, os zagueiros Réver e David Luiz, os meio-campistas Jucilei, Ganso e Éderson e os atacantes Neymar e André) e apenas quatro que estiveram presentes na África do Sul 2010 (o lateral Daniel Alves, o zagueiro Thiago Silva, o meia Ramires e o atacante Robinho). O técnico disse que poupou alguns atletas do último Mundial devido ao desgaste da derrota para a Holanda há menos de um mês. "A lista para esse jogo é a ideal", disse. "Não temos restrição à convocação de ninguém. O que vai ser levado em consideração é o momento em que cada um está, a confiança que se estabelece num trabalho e a idade, porque ela vai chegando e tirando algumas condições de nós. A fila anda e alguns vão estar mais preparados, e é isso que vai valer como regra geral", afirmou. Além disso, metade do grupo é composta por atletas que atuam no futebol brasileiro (12) - sendo que um entre os volantes, Hernanes ou Sandro, deve ser cortado, de acordo com a participação de São Paulo e Internacional na Copa Libertadores da América. "Uma coisa precisa ficar clara neste novo momento que estamos vivendo: não vamos convocar jogadores da Europa só porque estão lá e, talvez, momentaneamente, tenham mais repercussão", afirmou. "Por outro lado, a gente sabe que se chama um jogador do futebol brasileiro, ele acaba não ficando por aqui por muito tempo. Em resumo: quem estiver bem, nós vamos convocar."
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