Claudio Ricci sofre forte acidente e não corre no Velopark

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Choque lateral da Ferrari F430 contra um muro de concreto, a cerca de 100km/h, causou apreensão na equipe CRT Brasil. Após exames preliminares no centro médico do circuito, o piloto passo-fundense foi transferido para um hospital de Porto Alegre para diagnósticos mais precisos de possíveis lesões

A etapa de Nova Santa Rita do Itaipava GT Brasil, que foi realizada neste fim de semana no recém-inaugurado Autódromo Velopark, a 30km de Porto Alegre, terminou no treino classificatório de sábado para o piloto Claudio Ricci e seu parceiro nessa prova, Aluízio Coelho.

Ricci sofreu um forte acidente na primeira sessão de classificação da rodada, depois que sua Ferrari F430 escapou na saída da penúltima curva do circuito. A pista encharcada foi determinante para a perda de aderência do carro do piloto de Passo Fundo - ocorrida após um toque na zebra do lado externo da pista.

Desgovernada, a Ferrari bateu em um muro da parte interna do circuito, a uma velocidade estimada de 100km/h, em um trecho onde não havia pneus para absorção do impacto. O choque destruiu a lateral direita do carro, que não pode ser consertado pela equipe a tempo de voltar à pista no domingo.

Enquanto recebia os primeiros atendimentos, ainda preso ao carro, Ricci pediu à direção de prova que comunicasse seus familiares, amigos e companheiros de equipe que estava bem após o acidente. Correndo em casa pela primeira vez desde a etapa de Santa Cruz do Sul de 2008, ele receberia um grande número de convidados neste fim de semana.

Removido de ambulância desde o local do acidente para o centro médico do circuito, ele foi examinado pela Dra. Magda Costa Silva, médica responsável por todos os atendimentos durante o fim de semana de corridas no Velopark. Cerca de uma hora depois, ele foi levado novamente de ambulância a um hospital de Porto Alegre. A remoção teve por objetivo a realização de um diagnóstico mais preciso para possíveis lesões de natureza óssea, e não significou um agravamento do estado de saúde do piloto.

Mesmo liberado pelos médicos para voltar a correr no domingo, Claudio Ricci e Aluízio Coelho não puderam participar da prova com o terceiro carro da equipe CRT Brasil, uma vez que o regulamento da competição não permite o uso de carros reservas. O trabalho de recuperação da Ferrari acidentada deve durar vários dias.

O terceiro carro da CRT Brasil, que no fim do ano passado largou na pole position na etapa de Interlagos com Nelson Merlo, é hoje usado em ações promocionais da equipe e de seus patrocinadores. Neste fim de semana, ele ficou exposto no Hotel Deville de Porto Alegre.

A equipe CRT Brasil viveu emoções distintas neste sábado. A preocupação causada pelo acidente com Claudio Ricci eliminou qualquer possibilidade de comemoração pela conquista da pole position pelo amazonense Antonio Pizzonia. Correndo em dupla com Walter Derani, ele estabeleceu o melhor tempo na sessão interrompida pelo acidente de Ricci. O gaúcho também estava rápido neste treino, uma vez que deixou a pista com o terceiro melhor tempo. Quando o ensaio recomeçou, com o traçado menos encharcado, ele foi superado por Xandy Negrão e Juliano Moro e largaria na quinta posição caso competisse neste domingo.

O primeiro treino classificatório do Itaipava GT Brasil no Velopark teria 20 minutos de duração. Com a ocorrência de quatro bandeiras vermelhas, entre elas a causada pelo acidente de Ricci, a sessão terminou 44 minutos depois de ter sido iniciada. O segundo treino classificatório do dia também foi interrompido por bandeira vermelha quando restavam 8min36s para o final, em virtude de um acidente com o Ford GT de Andreas Mattheis.

A próxima etapa do Itaipava GT Brasil acontecerá no dia 31 de outubro, no Autódromo Internacional de Curitiba.

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