Toda poderosa zebra

Inter perde por 2 x 0 para o Mazembe e protagoniza a maior zebra da história do Mundial de Clubes da Fifa

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Em francês, idioma falado na República Democrática do Congo, Tout Puissant, o “TP” que vem antes do Mazembe, significa “Todo Poderoso”. Se antes isto era motivo de piada, pois um time congolês se auto-intitular assim é no mínimo estranho, o que vimos na tarde de ontem foi justamente um Mazembe todo poderoso, e um Internacional desesperado, ansioso e sem qualidade. Assim, com grandes atuações do meia-atacante Mulota Kabangu e do goleiro Muteba Kidiaba, o Mazembe deu sequência à sua surpreendente campanha no Mundial de Clubes da Fifa e derrotou o Internacional por 2 x 0. Esta é a primeira vez que uma equipe de fora da América do Sul e da Europa alcança a final da competição. Os bicampeões africanos agora aguardam o vencedor do duelo entre a Internazionale de Milão e o Seongnam Chunma, que se enfrentam nesta quarta-feira, também em Abu Dhabi.

O jogo - O primeiro tempo foi praticamente de um time. Os colorados dominaram a posse de bola e passaram boa parte do tempo no campo de ataque, mas o problema foi uma certa falta de criatividade na armação das jogadas. A marcação do Mazembe era aplicada e com muita capacidade física. A principal chance de gol saiu aos 11 minutos, quando Alecsandro roubou a bola na intermediária, tabelou com o D’Alessandro que cruzou rasteiro na direção de Rafael Sobis. O atacante bateu de primeira, de chapa, e acabou barrado por Kidiaba, que espalmou no reflexo. O time congolês só ameaçou a meta de Renan com um chute de fora da área de Kabangu.

Segundo tempo – Na etapa final o Mazembe abriu o placar aos oito minutos: Kabangu foi lançado dentro da área e, sem marcação, girou e arrematou no ângulo de Renan, abrindo o placar em Abu Dhabi. Depois de abrir, o Mazembe se fechou como pôde em seu campo defensivo. O técnico Celso Roth procurou mudar o padrão de sua equipe e sacou um volante. O Inter tentou sair para o abafa e chegou a desenvolver mais chances. Mas seus atacantes esbarraram de frente com o atlético Kidiaba. Sua defesa mais importante aconteceu aos 14 minutos, quando Rafael Sobis ficou sozinho na grande área, de cara para o gol após um desarme errado pelo alto. O atacante chutou forte de esquerda, mas o arqueiro esperou paciente em sua posição e espalmou para o lado. Cinco minutos depois, Giuliano quase marcou: após ganhar dividida, ficou livre na área e chutou forte, mas Kidiaba fez novo milagre, evitando o empate colorado. Mas o que aconteceu foi o contragolpe fatal no final, para decepção dos milhares de gaúchos presentes no estádio em Abu Dhabi: Kaluyituka recebeu no lado esquerdo, pedalou na frente de Guiñazu, e arrematou no canto de Renan, que não alcançou: 2 x 0 Mazembe.

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