O cenário não poderia ser mais apropriado. O evento promovido pela CBF que tornou oficial a unificação dos títulos brasileiros aconteceu nessa quarta-feira no Itanhangá Golf Clube, o local no Rio de Janeiro em que a Seleção Brasileira treinou nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, a do tricampeoanto mundial no México.
Daquela campanha inesquecível estavam presentes dois personagens mais do que representativos: Pelé, que saiu do Itanhangá exibindo seis medalhas no peito, o que o torna o jogador que mais conquistou títulos brasileiros, e o presidente de honra da Fifa João Havelange, o presidente da CBF no tri do México. O evento começou com uma explanação do jornalista, escritor e pesquisador Odir Cunha, autor do dossiê que fundamentou a unificação dos títulos. O presidente João Havelange disse que estava vivendo um momento de gratas recordações de uma época em que como presidente da então CBD teve a oportunidade de criar uma competição de verdadeira dimensão nacional, como a Copa do Brasil em 1959. O ato final marcou bem a grandiosidade do evento. Os presidentes de Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Fluminense, Palmeiras e Santos (representado também por Pelé) receberam as medalhas e as faixas de legítimos campeões brasileiros.
Os maiores campeões
Santos e Palmeiras foram os maiores colecionadores de títulos do evento que aconteceu nesta quarta-feira, em que o presidente da CBF promoveu o reconhecimento oficial da unificação dos campeões brasileiros.
O presidente do Santos, Luiz Álvaro de Oliveira, teve dificuldade de ao receber as distinções - afinal foram seis taças, seis faixas e ainda havia 120 medalhas para até a Vila Belmiro e premiar os jogadores campeões de 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965 (pentacampeão) e 1968.
A dificuldade do primeiro vice-presidente do Palmeiras Salvador Hugo Palaia não foi menor - foram quatro taças, quatro faixas e 80 medalhas para levar para São Paulo pelos títulos de 1960, 1967 (dois títulos), e 1969.
Inter deixa de ser o único campeão invicto
A decisão da CBF de reconhecer os campeonatos anteriores a 1971 muda o histórico do Inter no futebol nacional. Os gaúchos deixam de ser os únicos vencedores do Brasileirão de forma invicta. Recebem a companhia de Palmeiras, Santos e Cruzeiro.
Palmeiras em 1960, Santos nos anos de 1963, 64 e 65, assim como o Cruzeiro, campeão em 1966, se juntam ao seleto grupo dos campeões que não foram