George Lucas fala de sua volta ao Brasil

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No Campeonato Brasileiro de 2009, o lateral direito George Lucas foi chamado de “Garçom da Vila”, graças as suas 11 assistências para gols em 16 jogos. Mas a temporada seguinte não foi das melhores para o atleta formado pelo Sport Club Gaúcho: Em uma partida do Paulistão ele teve um estiramento no tendão do joelho direito, o que fez o então dono da camisa 2 do time de Ganso, Robinho e Neymar perder espaço com o técnico Dorival Júnior. Mas George Lucas é acompanhado de perto por times europeus, assim não demorou para acertar contrato com o Sporting Braga na metade do ano passado. Mas o time que era repleto de brasileiros (mais de 11, incluindo o goleiro Felipe que defende o Flamengo) resolveu mudar a sua política, e começar a apostar em jogadores locais. Resultado: eliminado na primeira fase da Uefa Champions League. E uma campanha irregular no Campeonato Português. George novamente começou a receber propostas de clubes da Espanha e do Brasil, mas o nascimento de sua primeira filha, previsto para maio, o fez dar prioridade para o Brasil, e o clube escolhido foi o Avaí, de Santa Catarina. No time azul que tem o ex-tenista Guga como torcedor ilustre George Lucas disputará o Campeonato Catarinense, a Copa do Brasil, e o Brasileirão da Série A, num ano em que ele espera manter a regularidade que um bom lateral precisa apresentar, e manter a fama de “Garçom”, dada para os jogadores que deixa seus companheiras na chamada “cara do gol”.

 

O Nacional – Como foi sua passagem pelo futebol português?

 

George Lucas – Fui para lá com uma grande expectativa, o diretor que me contratou conhecia meu futebol, mas ele foi demitido logo após a minha chegada. Assim vários brasileiros forma perdendo espaço, eu joguei poucas partidas, e o time começoua a fracassar em campo, foi eliminado na primeira fase da Champions (Uefa Champions League) e não está bem no Campeonato Português (é o sétimo colocado).

 

ON – Isso foi determinante para resolver voltar para o Brasil?

 

GL – Bom, em primeiro lugar é devido à gravidez da minha esposa, e eu quero estar ao lado dela, das nossas famílias neste momento tão especial de nossas vidas. Já no lado profissional, o que pesou foi o momento do futebol brasileiro. O Brasileirão está num nível incrível, com vários craques atuando aqui, e com os clubes se organizando cada vez mais.

 

ON – O acerto com o Avaí aconteceu de forma rápida?

 

GL – Tive propostas de alguns clubes da Espanha, mas o acerto com o Avaí foi até de certa forma. Conheço o Mauro (Mauro Galvão, ex-zagueir de Inter e Grêmio, que atualmente é gerente de futebol do Avaí.), e também o Marquinhos (meia), que jogou comigo no Santos, e eles me deram ótimas referencias do clube quanto a pagamento e principalmente estrutura de trabalho. Vou estar morando numa cidade ótima que é Florianópolis e estarei perto da minha família. Acertei contrato de um ano com o clube com a opção de renovação imediata para mais dois.

 

ON – Quais são os principais objetivos do Avaí no ano?

 

GL – Desde que cheguei aqui o professor Benazzi (Wagner Benazzi, técnico do Avaí), passou que o grande objetivo no primeiro semestre é a conquista do Tricampeonato catarinense, algo que é inédito na história do clube. Mas conversando com o Marquinhos, passamos para o grupo que o objetivo nosso é repetir o primeiro semestre de 2010, onde ganhamos o estadual e a Copa do Brasil pelo Santos, e eu vim aqui para ganhar títulos.

 

ON – Como está a expectativa em Florianópolis para o Brasileirão, já que a cidade terá dois clubes na primeira divisão?

 

GL – O clima aqui está fantástico. A rivalidade entre Avaí e Figueirense é muito grande e muito bonita. O torcedor na rua já fala do confronto no Brasileirão, mas sabemos que temos que pensar passo a passo. O nosso primeiro objetivo é o Catarinense, que nas primeiras três rodadas o nosso time jogará com a equipe Sub-23, pois o grupo principal ainda está em fase de pré-temporada.

 

ON – Qual a previsão de data para sua estreia?

 

GL – Estou bem fisicamente, e o trabalho do pessoal aqui do clube está ótimo. O trabalho na Europa é diferente do que é feito aqui no Brasil, mas minha previsão és estar a disposição do professor Benazzi juntamente com o restante do grupo principal, o que deve acontecer já no próximo fim de semana.

 

ON – Muito ansioso com a vinda da filha?

 

GL – É uma benção de deus. Estamos muito felizes. É o nosso primeiro filho, que na verdade é uma filha, eu e a Priscila (esposa do jogador) decidimos que ela se chamará Lívia. Ela deve nascer em maio, e, com certeza, é uma benção de Deus muito grande para minha vida.

 

 

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